Que o Bruxo do Cosme Velho é Machado de Assis.
“Machado tem uma qualidade tão jovem que parece se atualizar sempre e nunca envelhecer. Prova disso é que quando se lê um conto dele, se não soubermos o autor e a época em que foi escrito, podemos pensar que um jovem de hoje o escreveu”. (Ângela Schnoor)
Colóquio Internacional “Os descaminhos da ironia: deslocamentos psicológicos, éticos e literários de Machado a Rosa”
Hans Ulrich Gumbrecht
(Univ. de Stanford)
A bela ironia triste de Machado
Kathrin Rosenfield (UFRGS)
A gama dos (des)afetos brasileiros - de Machado a Rosa
Luis Augusto Fischer (UFRGS)
Machado e Borges: distanciar-se para formar
Lucia Serrano Pereira (APPOA)
Ironia e vertigem no conto machadiano
Na arte de Machado, a sutil diversificação das perspectivas produz a “moral em estado gasoso” – isto é, a arte dos contos de Flaubert, de Musil ou de Guimarães Rosa, que « decolam » de conteúdos e pensamentos positivos. Para este tipo de leitor, o pessimismo da pessoa Machado de Assis, sua visão desabusada do Brasil no qual viveu e sua leve misoginia não impedem que o autor Machado desempenhe sua riqueza de imaginação, desdobrando as idéias e complicando as convicções cotidianas, até o leitor ingênuo se enredar, com seus supostos juízos certeiros, na armadilha poética que desvenda nada além dos pontos de vista e dos (pré)conceitos do próprio leitor.
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