segunda-feira, 25 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
Sede de Vida
A crise da água e a sede de vida
por Marcelo Barros, do Brasil de Fato
No
dia 22, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra mais um dia
internacional da água. Em vários países, devido à urgência do problema,
as reflexões e eventos sobre este dia tomarão toda a semana. De fato,
estamos em situação de risco. O sistema de vida no planeta Terra está
ameaçado e a água se torna o bem mais precioso. Hoje, 1,1 bilhão de
pessoas já não têm acesso a água potável, e 2,4 bilhão de pessoas não
têm saneamento básico. Cada ano, seis milhões de pobres, dos quais
quatro milhões de crianças, morrem de enfermidades ligadas a águas
contaminadas. Até o ano 2025, conforme um estudo da ONU, este problema
afetará metade da humanidade.
Há diversos motivos para esta crise.
O planeta Terra tem 75% de sua superfície ocupada por oceanos, mas a
água doce representa apenas 2,5% deste total. No último século, a
população mundial aumentou muito e na maioria dos países a urbanização
se fez de modo descontrolado. É ao redor das 217 bacias fluviais
internacionais que se concentra 40% da população da humanidade. Por
causa do crescimento demográfico e da poluição, nos últimos 30 anos, os
recursos hídricos foram reduzidos em 40%. Da água disponível que
tínhamos, a humanidade acabou com cinco mil quilômetros quadrados. E
muitos ainda se comportam como se a água fosse um bem inesgotável. Usam
os recursos hídricos de modo irresponsável e injusto.
A água é um
recurso natural limitado e pode acabar. Tem valor econômico e
competitivo no mercado. Não pode ser desperdiçada (cada vez que se toma
um banho com chuveiro aberto todo o tempo desperdiça-se mais água do que
se usa). Quase todos os países atualizam legislações sobre a água. Em
vários lugares, há conflitos entre povos por causa da água. Há quem diga
que as guerras do futuro serão por causa de água. Organizações não
governamentais e movimentos populares defendem que a água não deve ser
mercantilizada – ela é mais do que uma mercadoria – e menos ainda
privatizada.
A Pastoral da Terra declara: “Sendo a água constitutiva do
ser humano, da vida como um todo e do meio ambiente, ela é um direito
natural, patrimônio da humanidade, dádiva divina e não obra humana. Por
isto, ela não pode ser reduzida a uma mercadoria e a um bem particular. E
nenhum ser humano pode arrogar a si o poder de negar a qualquer
semelhante ou ser vivo este bem essencial à vida”.
O cuidado com a
água tem, então, motivos sociais e econômicos. Mas a nossa relação com a
água só mudará se aprendermos com as culturas religiosas antigas a nos
relacionarmos com a terra e com a água de forma amorosa e espiritual. A
Bíblia fala da água como símbolo do espírito de Deus que derrama sobre o
universo uma vida nova. Cuidar bem da água e defender os rios e fontes é
uma forma de reconhecer a presença divina no universo, defender a vida e
participar da Páscoa pela qual Deus “renova todas as coisas” (Ap 21,
5).
* Publicado originalmente no site Brasil de Fato.
ÁGUA & Brasil é o dono de 12% da disponibilidade do planeta
O Brasil está em uma situação confortável em relação à
disponibilidade de recursos hídricos comparado a outros países, segundo a
Agência Nacional de Águas (ANA). O documento Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2012,
divulgado nesta segunda-feira (4), em Brasília, revelou que o volume de
água no país representa 12% da disponibilidade do planeta. Mas o mesmo
documento alerta que o aparente conforto convive com a distribuição
desigual desses recursos.
O levantamento mostrou que mais de 80% da disponibilidade hídrica
está concentrada na região hidrográfica amazônica. “O Brasil tem uma
grande reserva de água doce, mas a distribuição é bastante desigual. Em
algumas regiões, há um potencial hídrico muito grande, enquanto em
outras regiões você tem até a falta de água”, disse o diretor-presidente
da ANA, Vicente Andreu.
Os reservatórios artificiais são apontados pelos técnicos da ANA como
elementos estratégicos para equacionar essas concentrações. “Esse é um
dos principais assuntos que vamos tratar na Rio+20. Em relação ao
aumento da preservação, queremos rediscutir se reservatórios só têm
impactos negativos. Evidentemente que os reservatórios têm impactos
ambientais e sociais significativos, mas podem ser instrumentos eficazes
no controle de inundações e na oferta de água”, acrescentou Andreu.
Pelas contas da agência reguladora do setor, o Brasil possui 3,6 mil
metros cúbicos de volume armazenado em reservatórios, por habitante. O
número é superior ao apresentado em vários continentes. Na Europa, por
exemplo, a relação de recursos hídricos armazenados por habitante é da
ordem de 1,4 mil metros cúbicos. Na América Latina e no Caribe, é 836
metros cúbicos por habitante.
Em 2011, açudes considerados importantes nessa relação, no Brasil,
como os da Região Nordeste do país, que têm a função de acumular água em
períodos úmidos para garantir o recurso durante as secas, apresentaram
acréscimos de 9% no volume armazenado em relação a 2010. A média de
estoque na região tem se mantido em torno de 68%. Mas quando os técnicos
avaliaram os cenários em cada estado, constataram, por exemplo, que, na
Bahia, os valores estocados estão abaixo da média de região, com 42% do
volume.
A agricultura, com cultivos irrigados se mantém na liderança do
consumo desses recursos. O estudo da ANA mostrou que 54% da retirada de
águas são promovidos pela atividade agrícola. De acordo com os técnicos
da agência, essa parcela ganha ainda mais importância com o crescimento
da área irrigável no país que, segundo os dados, responde hoje por 5,4
milhões de hectares (20% a mais do que a área apontada no censo
agropecuário de 2006).
“O que precisamos é combinar as políticas, para que a expansão
agrícola, principalmente a das culturas irrigadas, aconteça em locais
onde os solos e a disponibilidade de água seja adequada. Há estatística
de que a agricultura irrigada com produtividade, para determinadas
produções, aumenta em até quatro vezes. Com isso, você pode evitar a
expansão da agricultura para outras áreas como as de biomas mais
sensíveis e evitar conflitos do uso da água”, explicou Andreu.
Recursos em boas condições
Os recursos hídricos no Brasil apresentaram boas condições em 75% de
quase 2 mil pontos de monitoramento de recursos hídricos acompanhados
pela Agência Nacional de Águas (ANA). De acordo com o documento de
conjuntura apresentado nesta segunda-feira (4), pela agência reguladora
do setor, apenas 6% dos pontos monitorados mostraram água em ótimas
condições. Em 1% deles, os recursos hídricos estavam em péssimas
condições.
O relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos é elaborado desde 2001. A
cada ano, o estudo é atualizado e informações sobre novos pontos de
monitoramento vão sendo acrescidas. Considerando apenas os pontos
analisados desde o início da série histórica, a conclusão é a de que em
86% dos locais monitorados, a situação manteve-se estável, enquanto em
7% os recursos hídricos pioraram e em outros 7% a qualidade da água
melhorou.
http://www.correiodeuberlandia.com.br/cidade-e-regiao/brasil-detem-12-da-agua-do-planeta-mas-recurso-esta-mal-distribuido/
ÁGUA
Dia Mundial da Água: como despoluir os rios brasileiros?
Tema: Ecologia
Autor: EcoD
Muitas cidades se desenvolveram em torno de grandes rios que
pudessem suportar o crescimento da população. Mas, com o desenvolvimento
desordenado e a busca por capital, a preservação das riquezas naturais foi
deixada de lado, e muitos rios foram transformados em esgoto a céu aberto.
O modelo brasileiro mais conhecido é o rio Tietê, mas outros
tantos cursos de água sofrem de maus tratos em outras regiões do país. O rio
Iguaçu, no Paraná, o rio Ipojuca, em Pernambuco e o rio dos Sinos, no Rio
Grande do Sul são alguns dos leitos mais poluídos do Brasil e recebem, todos os
dias, grandes cargas de degetos e químicos industriais.
Mas ainda há esperança de despoluição. Um exemplo disso é o
rio Cheonggyecheon que, desde 2007, respira novos ares, abriga peixes,
vegetação e serve de espaço de lazer para os sul-coreanos de Seul. O processo
de limpeza começou em 2002, quando o governo local decidiu dar prioridade ao
uso de ônibus e metrô.
Entre as mudanças que ocorreram na margem do rio, a mais
simbólica foi a implosão de um viaduto, que ficava bem em cima do leito do
Cheonggyecheon. No lugar da obra, construída em 1960, foi colocado um parque
linear para recreação e atrações culturais. As melhorias locais não foram
apenas visíveis, mas também atingiram o âmbito atmosférico. A temperatura de
Seul diminuiu 3,6ºC, caindo de 36,3ºC para 32,7ºC.
Outro caso de sucesso foi realizado no rio Tâmisa, em
Londres. Considerado o mais sujo da Europa, já no século XIX, ela exalava mau
cheiro e já provocou surtos de cólera na região. As mudanças começaram a ser
desenvolvidas na década de 1960, quando um sistema de tratamento de esgoto
removeu quase 100% da poluição lançada no rio. Atualmente, o curso abriga
diversas espécies e é muito usado como meio de transporte, inclusive
turísticos.
Apesar da já manifestada vontade da população parisiense, o
rio Sena ainda não está em processo de tratamento, mas algumas iniciativas já
foram implantadas na tentativa de amenizar a situação. Uma das experiências é a
estação de tratamento de Nanterre, que utiliza jardins fertilizantes para
limpar a água e estocá-la.
Paris já teve alguns momentos de aflição, em que
fortes chuvas faziam a poluição do rio aumentar, a ponto de matar milhares de
peixes asfixiados por falta de oxigênio. Por isso, as águas limpas estocadas em
Nanterre poderão servir de oxigênio, caso o rio Sena sofra mais uma vez de
intoxicação.
ÁGUA
Dia Mundial
da Água: a importância da água em nossas
vidas
Autor: Alexandre
Freitas
"A água é o constituinte
mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez o
recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se observe pelos
países mundo afora tanta negligência e tanta falta de visão em relação a este
recurso, é de se esperar que os seres humanos tenham pela água grande respeito,
que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza.
De fato, o futuro da espécie
humana e de outras espécies pode ficar comprometido a menos que haja uma
melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres"
(J.W. Maurits la Riviére, PhD em microbiologia, Delft University of Technology,
Holanda)
A água constitui um bem
indispensável ao ser vivo. O Brasil é um país privilegiado: tem muita água
doce. A Bacia Amazônica abriga 1/6 da água doce que corre na Terra, mas muitos
rios já secaram por falta de cuidados: desmatamentos em suas nascentes,
assoreamento de suas margens, desertificação, etc.
Atualmente, o nível das águas dos
rios brasileiros é a metade do que se encontrava há 50 anos e poucas pessoas
conseguem perceber que a água - "que vive caindo do céu" - pode um
dia acabar. Em São Paulo, por exemplo, as pessoas rezam, apelando ao misticismo
e à religião, para chover e, assim, encher as represas que abastecem a
população. Acontece que pode chover e esta chuva provocar ainda mais destruição
- a chuva ácida.
A água é um elemento essencial
para o nosso dia-a-dia e, mais ainda, durante a pratica de atividades
esportivas. É importante para a sobrevivência do homem: o corpo humano é
constituído por 80% de água, sendo ela a responsável pelo transporte de
nutrientes e substâncias para dentro e fora das células, além de controlar a
temperatura corporal e eliminar substratos tóxicos advindos do metabolismo
energético.
Assim, para um bom desempenho é
preciso ingerir líquidos em pequenos intervalos, visto que durante a atividade
física seu corpo perde calor e, conseqüentemente, água. É preciso ingerir uma
quantidade mínima de água por dia e essa quantidade vai muito além da sensação
de sede - que já expressa a desidratação.
Durante uma Corrida de Aventura a
água também desempenha um papel estratégico fundamental: ao analisar o percurso
de uma competição, os atletas podem decidir se vão carregar peso levando água
potável ou se irão procurar por nascentes durante o percurso e, dessa forma,
aliviar o conteúdo de suas mochilas.
Quem opta por esta segunda opção,
deve levar imprescindivelmente, purificadores de água, pois nem todas as
pessoas têm consciência de preservação ambiental. Quem joga lixo na água não
tem consciência do mal que faz: o papel demora de 3 a 6 meses para se decompor;
o nylon, mais de 30 anos; o pano, de 6 a 12 meses; o plástico e o metal, mais
de 100 anos; o filtro do cigarro, mais de 5 anos, etc.
Muitos países enfrentam sérios
problemas de falta de água potável e importam água limpa. O homem não pode
viver sem água e, principalmente, sem água limpa. É preciso conscientizar toda
a população sobre o uso racional da água.
Preservar as riquezas coletivas -
e a água é uma delas, assim como o ar - é um direito e dever de todos os
cidadãos. O homem pode passar dias sem se alimentar, mas se não ingerir água
diariamente pode morrer, por isso ela é um tesouro inestimável e precisa ser
preservada.
Você sabia que se comemora o Dia
Mundial da Água em 22 de março?
ÁGUA POTÁVEL & ÁGUA CONTAMINADA
Água potável e água tratada
A água é considerada potável
quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da
água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente.
Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a
eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para
a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das
indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os
rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são
potáveis. A depuração da água pode ter apenas uma fase de eliminação das
substâncias contaminadoras, caso retorne ao rio ou ao mar, ou pode ser seguida
de uma fase de tratamento completa, caso se destine ao consumo humano.
Água Contaminada
Um dos principais problemas
que surgiram neste século é a crescente contaminação da água, ou seja, este
recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu
estado natural. As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também
para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. As águas contaminadas com
numerosas substâncias recebem o nome de águas residuais. Se as águas residuais
forem para os rios e mares, as substâncias que elas transportam irão se
acumulando e aumentam a contaminação geral das águas. Isto traz graves riscos
para a sobrevivência dos organismos.
Existem vários elementos
contaminadores da água. Alguns dos mais importantes e graves são:
o Os contaminadores orgânicos:
são biodegradáveis e provêm da agricultura (adubos, restos de seres vivos) e
das atividades domésticas (papel, excrementos, sabões). Se acumulados em
excesso produzem a eutrofização das águas.
o Os contaminadores biológicos:
são todos aqueles microrganismos capazes de provocar doenças, tais como a
hepatite, o cólera e a gastroenterite. A água é contaminada pelos excrementos
dos doentes e o contágio ocorre quando essa água é bebida.
o Os contaminadores químicos: os
mais perigosos são os resíduos tóxicos, como os pesticidas do tipo DDT
(chamados organoclorados), porque eles tendem a se acumular no corpo dos seres
vivos. São também perigosos os metais pesados (chumbo, mercúrio) utilizados em
certos processos industriais, por se acumularem nos organismos.
ÁGUA
Os Direitos da Água
A ONU redigiu um documento intitulado
Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os
seus principais tópicos:
- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
- A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
- A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.
Mensagem Amizade, Escravidão
Amizade
Exploração do Brasil/ Texto e Atividades
Havia
no território brasileiro uma imensa concentração de árvores, denominadas de
pau-brasil, extraiam da planta um pigmento de coloração vermelha, seu uso era
voltado para o processo de tingimento de tecidos que possuía um grande valor
comercial, já a madeira era propícia à fabricação de móveis, também era
utilizada na carpintaria.
Os portugueses, ao chegar ao território brasileiro, criaram um lugar para armazenar o pau-brasil até o momento de ser exportado para a Europa. Para locomover a madeira e cortá-las eram utilizados a mão-de-obra de índios que trabalhavam em troca de apetrechos como roupas, pentes, espelhos e etc., sem contar que os indígenas recebiam em forma de presentes utensílios como machados e serras, com intuito de aumentar a rapidez do corte. Os índios davam pau-brasil para qualquer branco que oferecesse algum presente.
No ano de 1530, o rei de Portugal começou a organizar expedições com os objetivos de povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.
A escravidão teve início com a produção de açúcar. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
Os portugueses, ao chegar ao território brasileiro, criaram um lugar para armazenar o pau-brasil até o momento de ser exportado para a Europa. Para locomover a madeira e cortá-las eram utilizados a mão-de-obra de índios que trabalhavam em troca de apetrechos como roupas, pentes, espelhos e etc., sem contar que os indígenas recebiam em forma de presentes utensílios como machados e serras, com intuito de aumentar a rapidez do corte. Os índios davam pau-brasil para qualquer branco que oferecesse algum presente.
No ano de 1530, o rei de Portugal começou a organizar expedições com os objetivos de povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa e alcançava um grande valor. Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.
A escravidão teve início com a produção de açúcar. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste.
O transporte era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.
Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.
E viva o Esporte: Joana Banana
Joana Banana
“– Olha lá, pessoal! Chegou o caminhão de mudança! Nossa, como está carregado! Papagaio, passarinho, vaso de flor, cama, sofá, armário, fogão, cachorro, televisão... Ué... Mas cadê as pessoas?
– Calma,gente. Olhe, aquele deve ser o pai. Aquela, a mãe. E agora...
Agora deve ser, a nossa... a nossa camisa onze!
– Puxa, a gente custou tanto pra formar aquele timaço e, de repente, o Zito vem e diz que vai se mudar. Por essa a gente não esperava, né? (...)
– Xi, pelo jeito esses pais não têm filhos! Eu nem estou ouvindo barulho de criança! Só faltava essa... A casa desocupada um tempão e ainda vem uma família sem ponta-esquerda?
– Nem que seja um jogador de defesa, nem que seja goleiro, caramba!
O que importa é que venha um jogador pro nosso time! Eram dez carinhas cheias de expectativa, era um time que havia ficado sem o Zito e que agora esperava desesperadamente pelo seu substituto. (...)
O ESPELUNCA FUTEBOL CLUBE precisava urgentemente de um craque pra poder funcionar e brilhar!
– É pelo jeito não tem criança mesmo. Já desceu pai, desceu mãe, gato, cachorro... (...) E o time desfalcado já ia se retirando, desanimado, desolado, quando uma voz de mulher irrompeu detrás do caminhão:
– Manoel do céu! Cadê a Jo...Jo...Os dez pares de pés pararam no mesmo instante!
– Peraí, pessoal! A voz era da mãe. E a voz da mãe falou Jo... Jo...
Outra vez a voz da mãe, pra aumentar ainda mais a expectativa das crianças:
- Cadê a Jo... Jo...Uaaaaaaaatchim! Virgem Maria, que a gripe já me pegou! Bem que diziam que o clima desta cidade era um horror pra saúde!
A expectativa havia atingido o grau máximo na cabecinha de cada um! O ESPELUNCA já estava em ação, dando um gol de cabeça num lance primoroso de João, que havia rompido uma barreira de cinco adversários desde o início da grande área, driblando dói, dando um chapéu em outro...
É... na cabeça de cada um deles uma jogada diferente se passava naquele momento.
Mas outra vez a voz, e desta vez sem a interrupção de espirros:
– Cadê a Joana, Manoel? Cadê essa menina que não desce? Será que ficou dormindo lá no caminhão?
Sei não mulher. Só dando uns gritos aí pra ver de onde ela responde.
Joana! Joaaaaaaana! Acorde, menina! A gente já chegou na casa nova!
Não! Por essa a garotada não esperava! JOANA???
– O quêêêêêê? JOANA? Joana? Joana Banana, Joana Banana, Joana Banana, Banana, Banana, Banana!
E a pobre Joana desceu do caminhão, esfregando os olhos, sem entender nada de nada...”
PORTO, Cristina. Joana Banana. São Paulo: Melhoramentos, 1985.