Arte islâmica desvenda segredos da matemática
| |||||||||||||
Um estudo publicado na revista norte-americana, Science
revela o uso de geometria quasi-cristalina, uma disciplina recente, na arte
islâmica do século XV.
Segundo os autores do estudo, os artesãos medievais islâmicos
tinham um entendimento intuitivo de fórmulas matemáticas complexas, apeser de
não conhecerem a teoria que as explicava.
Os investigadores salientam que o século XII marcou um grande
avanço na matemática e desenho islâmicos.
"É absolutamente espantoso", exclama Peter Lu, cientista da
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.
"Eles decoravam azulejos com padrões tão sofisticados que só
nos últimos 20 ou 30 anos os conseguimos explicar matematicamente".
Formas do infinito
Os desenhos islâmicos reflectem os princípios da geometria
quasi-cristalina através do uso de formas poligonais simétricas para a criação
de padrões que podem ser repetidos indefinidamente.
Até agora, o ponto de vista convencional era que os
complicados padrões de estrelas e polígonos típicos do design islâmico eram
concebidos como linhas em ziguezague e desenhados com réguas e compassos.
"É um prazer observar como a geometria da arte islâmica se
foi tornando cada vez mais complexa", acrescenta Peter Lu.
O cientista tornou-se entusiasta do tópico enquanto viajava
no Uzbequistão, onde reparou num edifício islâmico do século XVI com um
exuberante padrão decagonal.
Lu, que concebe experiências físico-químicas para a Estacão
Espacial Internacional, encontrava-se na região em visita a uma instalação
aeronáutica no Turkmenistão.
A arte islâmica tradicional distingue-se por uma mistura de
caligrafia, geometria e motivos florais enquanto representações da forma huma
são proíbidas.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário