sábado, 31 de outubro de 2009

Fabula "O pavão e o pato"



O pavão e o pato



O pato passeava pelo quintal quando viu um pavão se lamentando:

- Mas que adianta essas penas todas, essas cores maravilhosas, esse porte majestoso se esses pés feiosos, escamados,sem cores... Que horror!

- Mas que louvável, meu caro pavão! Autocrítica é um exercício louvável. Conhecer nossas próprias limitações!

O pavão cala-se e olha com os olhos esbugalhados o pato e responde:

- Mas que disparate é esse! Falo do faisão que passeia todo emplumado perto do poço d’água e não olha para os próprios pés, seu pato!


Fonte: Instituto Cultural Aletria

Prosa



DE VIVER


Demétrio Sena


Quem não sabe viver perdeu a vez
de ficar no aconchego do seu nada;
trouxe a tes como saco de seus nervos,
carne, ossada, conjunto visceral...
Veio vago, sem alma, sequer arma
pra lutar a favor ou contra o quê,
tem um carma que nunca entenderá,
pois não pode crescer internamente...
Ninguém sabe quem é, se jamais foi,
vai usando migalhas de vivências
que parecem gritar no seu despeito...
Leva o peito vazio de sentido;
sua mente não rompe o próprio caos;
quem não sabe viver nasceu morrendo...

ENQUETE NO TEMPO DE ESCOLA





Passeando pelos blogs como sempre faço pela manhã, me deparei com posts que me remeteram à época do colégio. Não sei se isso era hábito apenas no meu tempo, década de 90 e tal. E se sou muito velha por isso. Mas, pelo menos enquanto eu cursava 4ª ou 5ª série do ensino fundamental era muito comum as meninas possuírem um caderno intitulado “Enquete”. Algumas escreviam “Inquete” mas aí vai do analfabetismo de cada um.


Neste caderno, em cada página, havia uma pergunta. Dessas que não servem para nada nem para ninguém. Qual o seu nome? Quanto anos você tem? O que você acha da dona da enquete? Com quem você fugiria para uma ilha deserta? Deixe uma mensagem para a dona da enquete! E essas perguntas típicas de pré-adolescentes.



E era mais legal quem tinha o caderno mais completo. Quem tinha mais gente disputando sua enquete. Virar a página então, UAU, era o máximo! Mas, em homenagem a esses tempos de escola, vou copiar o post que me fez lembrar de tudo isso.



Eu era (ainda sou um pouco, ok?) nerd e perfeccionista. Dessas que ODEIAM rasuras no caderno. Muitas vezes, quando eu errava alguma tarefa, eu jogava aquela folha fora e fazia de novo pra não ter rasuras.




Mode 12 anos on
Onde está seu celular? No bolso da bolsa!
E o amado? O Batista? Não sei, sumiu da mídia!
Cor do cabelo? Castanho…claro…meio loira! Não! Loira nãããão!
Sua mãe? É mulher e vai bem, obrigada!
Seu pai? É homem e vai bem também, obrigada!
Seus irmãos? Sem irmãos. Só uma irmã, que é mulher e vai bem, obrigada!
Seu filho? Não tenho ainda.
O que mais gosta de fazer? Estar com os amigos.
O que você sonhou na noite passada? Nossa, sem chance de eu recordar.
Onde você está? Responderei com uma canção. “Money, que é good nóis num have. Se nóis havasse nóis num tava aqui workando…”
Onde você gostaria de estar agora? Agora? As 7h30 da manhã? Na minha cama!
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? Depois que eu sair da minha cama (veja resposta acima) eu penso nisso…
Onde você estava na noite passada? Em casa! Milagre!
O que você não é? Boba.
O que você é? Muito boba.
Objeto do desejo? Um porsche.
O que vai comprar hoje? Água.
Qual sua última compra? Gasolina.
A última coisa que você fez? Digitei a resposta acima.
O que você está usando? Calça jeans, blusinha preta, sandália e acessórios.
Na TV? Friends!
Seu cachorro? Peste.
Seu computador? Necessário.
Seu humor? Variável.
Com saudades de alguém? Sempre.
Seu carro? Só tem duas calotas. As outras duas foram abduzidas.
Perfume que está usando? Victoria Secrets.
Última coisa que comeu? Bisnaguinha.
Fome de quê? Comida mexicana!
Preguiça de? Ter que discutir.
Próxima coisa que pretende comprar? Duas calotas!
Seu verão? Quente.
Ama alguém? Muito, a vida é amor.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Há 10 minutos.
Quando chorou pela última vez? Há dois domingos.
Mode 12 anos off

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conto "O Riquê do Topete"


O Riquê do Topete


De Charles Perrault.

Houve uma vez uma rainha, que tinha um filho tão feio e disforme, que não parecia um ente humano. A mãe sofria desesperadamente, mas uma fada consolou-a, dizendo-lhe que, em compensação, o filho seria tão inteligente quanto habilidoso e teria, também o dom de tornar inteligente a jovem que amasse. A esse menino coube o nome de HenRiquê, porém, como ostentava um topete de cabelos no meio da fronte, todos os chamavam Riquê de Topete.

Quase na mesma ocasião, no reino vizinho, havia nascido uma princesa muito linda, mas tão estúpida, que a rainha sua mãe andava aborrecidíssima. Entretanto, uma fada prometeu que a princesa seria a mais bela moça do mundo e que teria o dom de tornar igualmente belo o jovem que amasse.

Passaram-se os anos. Riquê viu o retrato da famosa princesa, sua vizinha, dela se enamorou e foi pedi-la em casamento. A donzela se achava sozinha no parque, chorando amarguradamente, porque, apesar de toda a sua beleza, todos a evitavam e zombavam dela. O príncipe apresentou-se à moça e disse-lhe que, se ela quisesse aceita-lo como esposo, dentro de um ano, com toda a segurança, ela se tornaria inteligente e engenhosa. A jovem acedeu e o príncipe voltou muito alegre para o seu país.

A jovem noiva se transformou. Tornou-se inteligente, perspicaz, raciocinando com tanta agudeza, que os pais a custo reconheciam nela a moça tola e ignorante de outrora. O tempo se foi passando e a princesa esqueceu a promessa feita a Riquê, o do topete. Entretanto, um belo dia, quando passeava pelo parque, percebeu que a terra tremia sob os seus pés e, ela imediatamente se abriu, deixando ver uma enorme cozinha, regurgitante de cozinheiros, ajudantes e camareiros, que trabalhavam com afinco na preparação de variados e apetitosos manjares. A princesa, admirada, perguntou-lhes para que estavam trabalhando tanto. - Estamos preparando o banquete de bodas para Riquê, o do topete, que vai casar-se amanhã. A donzela só então se lembrou do compromisso que assumira com o príncipe, havia um ano e ficou inconsolável, por ver-se obrigada a casar-se com aquele homúnculo feio e disforme. Quando o príncipe chegou para o matrimônio, ela afirmou que jamais se casaria com ele. Riquê, porém, lhe falou com tanta diplomacia que a princesa por ele sentiu profunda admiração, graças aos seus raros dotes de espírito. Quando ele lhe revelou o dom, que ela possuía, mas ignorava, de tornar belo o jovem a quem amasse, a princesa exclamou, com veemência:

- Desejo, de todo o coração, que te transformes no mais belo príncipe do mundo! Mal havia pronunciado estas palavras, o príncipe converteu-se num belíssimo mancebo. O casamento se realizou no dia seguinte e o casal viveu feliz durante toda a sua vida.

Conto 'OS TRES CABRITINHOS'









Os três cabritinhos


de Gudrun Thorne-Thomsen

"Era uma vez três Cabritinhos Travessos que costumavam pastar numa colina onde havia um capim bem verdinho. Para se chegar lá, porém, tinham que atravessar uma ponte embaixo da qual morava uma bruxa terrível e horrorosa, que tinha um nariz curvo e comprido e uns olhos enormes, bem arregalados.
Um dia, quando o sol já se ia escondendo, lá foram os Cabritinhos Travessos pastar.
Na frente, vinha o cabritinho mais novo atravessando a ponte: Trip, trap, trip, trap...
- Quem está caminhando sobre a minha ponte? Rosnou a megera.
- Sou eu, o Cabritinho Caçula. Vou pastar lá na colina para ficar bem gordinho, disse o menor de todos, com um fiozinho de voz.
- Espera aí que já vou te devorar, respondeu a bruxa.
- Oh, não, por favor! Eu sou tão magrinho, disse o Caçula. Espere um pouquinho, que já vem aí o meu irmão mais velho, ele é muito maior do que eu.
Ouvindo isto, a Bruxa resolveu esperar o outro cabritinho.
"Trip, trap, trip, trap..."
- Quem está passando na minha ponte?
- Sou eu, o Segundo Cabritinho. Vou pastar lá na colina, para engordar um pouco.
- Espera aí, já vou te comer.
- Por favor, dona Bruxa, deixe-me passar. Lá vem vindo o meu irmão mais velho. Ele é muito maior do que eu.
A Bruxa ficou esperando.
"Trip, trap, trip, trap..."
- Quem está passando aí na minha ponte?
- Sou eu, o maior dos cabritos.
- Espera aí, vou te comer todo de uma vez.
Mas, dessa vez a resposta foi bem diferente:
"Venha, que sou bem valente!
De bruxas não temo o berro.
Pra isso, tenho bons dentes,
E chifres que são de ferro!"
A Bruxa tentou agarrar o cabrito, mas ele não perdeu tempo: avançou sobre ela, empurrou-a com os chifres e atirou-a dentro do rio que passava em baixo da ponte. Depois, calmamente, foi reunir-se aos irmãos, no pasto da colina. Os três cabritinhos engordaram tanto, que mal puderam voltar para casa. Quanto à bruxa, nunca mais se ouviu falar nela."

domingo, 25 de outubro de 2009

FILME / PICA PAU

Elefante da Cica


Jotalhão - Personagem da semana – Elefante da Cica


Everson Barbosa


Essa semana tive que fazer um trabalho bastante interessante sobre embalagens. Na cadeira de direção de arte II – do ilustrissimo professor Rudinei Kopp (tomara que ele leia isso) – fiz uma pesquisa sobre as embalagens dos extratos de tomate. E que a que mais se diferencia sem duvida, ainda é a Cica (agora da Knorr), foi bacana rever o Elefante da Cica, bons tempos que lia Turma da Mônica, e ele estava lá..Jotalhão!
Acho muito interessante esses estudos sobre marcas, e posicionamento que elas tem na mente do consumidor. Através de uma simples pesquisa em supermercados, é possível tirar ótimas conclusões de marketing. O objetivo desse trabalho que fiz é para mais tarde redesenhar ou criar um novo produto do segmento, provavelmente vamos (eu e meu colega Fernando Faguuuuuuuundes) redesenhar uma embalagem, se tudo sair nos conformes, vou divulgando o trabalho aqui.
Então por curiosidade pra quem quiser saber mais sobre o simpático elefante verde:
“A marca de extrato de tomate Elefante, introdzida no mercado em 1941, e um dos itens de maior prestígio e de vendas no portfólio da Cica, tem sua origem no gosto de Rodolfo “Rudi” Bonfiglioli, filho de um dos fundadores da empresa, por caçadas de elefantes. Já o elefante verde que aparece na decoração das latinhas, o personagem Jotalhão, de Maurício de Souza, foi criado em 1962 para uma campanha publicitária – que não foi adiante – do Jornal do Brasil, conhecido como JB, que tinha aquele animal como símbolo de seu caderno de anúncios classificados. Oferecido então à Cica, foi adotado em 1979, dentro de um processo de modernização do design e da estratégia de comunicação da empresa. O Jotalhão substituiu o desenho realista de um elefante, animal que aliás integrava a logomarca da Cica. Começou então um grande trabalho de alicerçar o personagem, transformá-lo num simpático símbolo da empresa, naqueles tempos, ao lado da Mônica. Atualmente a marca Cica pertence a Knorr de propriedade da Unileve”
Fonte: Mundo das Marcas
http://blogs.gospelmais.com.br/eversonbarbosa/personagem-da-semana-elefante-da-cica