sábado, 31 de outubro de 2009

Diário Informativo



MEU DIÁRIO



Dádiva Renata Nogueira Barbosa


Querido diário, depois de ter sido aprovado o projeto do meio ambiente, chegou o momento de colocá-lo em prática primeiro, foi preciso conversar com os moradores ribeirinhos sobre a importância do mesmo para a população. Após a conversa a maioria deles concordaram em fazer a cerca, exceto um morador por achar que a cerca ocuparia muito espaço do seu terreno. Embora todos tenham concordado sobre a relevância do projeto, pois o mesmo beneficia a todos.
No segundo momento, foi a hora de “arregaçar as mangas”, juntamente com todos os envolvidos, Professores, funcionários da escola, alguns alunos, dois funcionário cedidos pela empresa parceira no Projeto, e acima de tudo, muita força de vontade. Todos fomos para o lugar onde seria projeto, e acima de tudo, muita força de vontade. Todos fomos para o lugar onde seria plantado as mudas e construído a cerca para a proteção das mesmas. Foram necessárias duas metades de sábados para concluir o trabalho. Mas o trabalho não terminou por aí, pois ainda é preciso que os moradores auxiliem cuidando das arvorezinhas ate que elas atinjam um tamanho suficiente para não ser necessário mais de tanto cuidado.
Ah! Diário já estava esquecendo, hoje depois de quase um ano, voltamos ao local para verificarmos o que deu certo. Foi uma surpresa enorme, quando nos deparamos com aquelas mudinhas já tão crescidas e lindas. Apesar de percebermos também, que o morador responsável em fazer a parte pertencente ao seu terreno, ainda não fez nada. Só que o mais interessante é que o projeto deu certo, podendo ser constatado em registros feitos no retorno ao local e os resultados aparecerão daqui a alguns anos e trarão benefícios a todos, pois “ pensamos globalmente e agimos localmente”, contribuindo assim com uma pequena parte para o futuro do nosso Planeta.

Abordagem Metodológica em foco Materialismo Histórico



MATERIALISMO HISTÓRICO


O materialismo histórico é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da economia e da história que foi pela primeira vez elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels(1818-1883), malgrado ele próprio nunca tenha empregado essa expressão. O materialismo histórico na qualidade de sistema explanatório foi expandido e refinada por milhares de estudos acadêmicos desde a morte de Marx.
De acordo com a tese do materialismo histórico defende-se que a evolução histórica, desde as sociedades mais remotas até à atual, se dá pelos confrontos entre diferentes classes sociais decorrentes da "exploração do homem pelo homem". A teoria serve também como forma essencial para explicar as relações entre sujeitos. Assim, como exemplos apontados por Marx, temos durante o feudalismo os servos que teriam sido oprimidos pelos senhores, enquanto que no capitalismo seria a classe operária pela burguesia.
Esta teoria de evolucionismo histórico fundamentava o pensamento Marxista que conduziu à implementação dos regimes comunistas pela "Revolução", ou seja, a rebelião das classes operárias contra os capitalistas.
O materialismo histórico como propulsor da evolução histórica foi posto em causa quer pelos pensadores liberais, que levaram ao desenvolvimento das Democracias do Norte da Europa, Reino Unido e América do Norte, quer pelos pensadores corporativistas que levaram ao desenvolvimento dos regimes autoritários de Itália, Portugal e Espanha.

Qual o seu fundamento?
"Não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência"
O materialismo histórico, pensamento desenvolvido pelo estudioso Karl Marx, fundamenta-se na observação da realidade a partir da análise das estruturas e superestruturas que circundam um determinado modo de produção. Nesse sentido, a história está ligada ao mundo dos homens enquanto produtores de suas condições concretas de vida e, portanto, tem sua base fincada nas raízes do mundo material, organizado por todos aqueles que compõem a sociedade. Os modos de produção são históricos e devem ser interpretados como uma maneira que os homens encontraram, em suas relações, para se desenvolver e dar continuidade à espécie.
O fato de Marx estar ligado a essa percepção material da vida e, por conseguinte, vinculado ao entendimento das relações humanas a partir dessa lógica da realidade que se faz presente no cotidiano das pessoas, nos dá a possibilidade de compreendermos que o pensamento marxista se estrutura, principalmente, por meio da inversão do pensamento Hegeliano. O propósito de uma história pautada no materialismo aparece como uma oposição ao idealismo. A realidade dos povos, segundo Marx, não pode ser explanada a partir de um parâmetro que entenda as idéias como um fator que figurem em primeiro plano, uma vez que estas somente encontram o seu valor enquanto fornecedoras dos alicerces que sustentam a imensa estrutura econômica, que nada mais é do que o próprio mundo material, o mundo real.
As idéias seriam, então, os reflexos da imagem construída pela classe social dominante. Isto é, o poder que ela exerce sobre as pessoas está diretamente relacionado com a edificação ideológica que esta “elite” constrói dentro das mentes de seus dominados, fornecendo sua visão de mundo. É dessa forma que a ideologia permeia a consciência de todos, transformando-os em objetos de uso e de exploração. Assim sendo, Marx acredita que a manutenção da estrutura econômica se dá mediante essa inversão da realidade, que se encontra no direito, na religião, e nas mais diversas formas de controle mental e social.
Segundo Marx, a sucessão de um modo de produção por outro ocorre devido a inadequação desse mesmo modo de produção e suas forças produtivas. Isto é, na idade feudal, com o desenvolvimento do comércio, as relações servis começaram a se mostrar como um entrave ao desenvolvimento das forças produtivas, provocando uma implosão dentro desse mesmo sistema e originando um outro novo: o capitalismo. Nesse sentido, o capitalismo nasceu a partir das contradições do sistema feudal, e que a burguesia (classe dirigente) ao criar a sua oposição, o operariado, engendrou também o seu futuro extermínio, cavando a sua própria cova.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_hist%C3%B3rico

Filme "Ilha das Flores"



DOCUMENTÁRIO “ILHA DAS FLORES”


Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.


Direção: Jorge Furtado
Produção Executiva: Monica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nora Goulart
Roteiro: Jorge Furtado
Direção de Fotografia: Roberto Henkin e Sérgio Amon
Direção de Arte: Fiapo Barth
Música: Geraldo Flach
Direção de Produção: Nora Goulart
Montagem: Giba Assis Brasil
Assistente de Direção: Ana Luiza Azevedo
Uma Produção da Casa de Cinema PoA
Elenco Principal:
Paulo José (Narração)
Ciça Reckziegel (Dona Anete)


Prêmios
17º Festival do Cinema Brasileiro, Gramado, 1989:
Melhor filme de curta metragem (júri oficial, júri popular e prêmio da crítica), Melhor roteiro, Melhor montagem e mais 4 prêmios regionais (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Montagem).
40º International Filmfestival, Berlim, Alemanha, 1990:
Urso de Prata para curta metragem.
Prêmio Air France, Rio de Janeiro, 1990:
Melhor curta metragem brasileiro.
Prêmio Margarida de Prata (CNBB), Brasília, 1990:
Melhor curta-metragem.
3º Festival Internacional do Curta-metragem, Clermont-Ferrand, França, 1991:
Prêmio Especial do Júri, Melhor Filme (Júri Popular).
American Film and Video Festival, New York, 1991:
Blue Ribbon Award.
7º No-budget Kurzfilmfestival, Hamburgo, Alemanha, 1991:
Melhor Filme.
Festival International du Film de Region, Saint Paul, França, 1993:
Melhor Filme.
Exibido na mostra “Os 10 Melhores curtas brasileiros da década de 80″, no Cineclube Estação Botafogo, Rio de Janeiro, 1990.

Fabula "O pavão e o pato"



O pavão e o pato



O pato passeava pelo quintal quando viu um pavão se lamentando:

- Mas que adianta essas penas todas, essas cores maravilhosas, esse porte majestoso se esses pés feiosos, escamados,sem cores... Que horror!

- Mas que louvável, meu caro pavão! Autocrítica é um exercício louvável. Conhecer nossas próprias limitações!

O pavão cala-se e olha com os olhos esbugalhados o pato e responde:

- Mas que disparate é esse! Falo do faisão que passeia todo emplumado perto do poço d’água e não olha para os próprios pés, seu pato!


Fonte: Instituto Cultural Aletria

Prosa



DE VIVER


Demétrio Sena


Quem não sabe viver perdeu a vez
de ficar no aconchego do seu nada;
trouxe a tes como saco de seus nervos,
carne, ossada, conjunto visceral...
Veio vago, sem alma, sequer arma
pra lutar a favor ou contra o quê,
tem um carma que nunca entenderá,
pois não pode crescer internamente...
Ninguém sabe quem é, se jamais foi,
vai usando migalhas de vivências
que parecem gritar no seu despeito...
Leva o peito vazio de sentido;
sua mente não rompe o próprio caos;
quem não sabe viver nasceu morrendo...

ENQUETE NO TEMPO DE ESCOLA





Passeando pelos blogs como sempre faço pela manhã, me deparei com posts que me remeteram à época do colégio. Não sei se isso era hábito apenas no meu tempo, década de 90 e tal. E se sou muito velha por isso. Mas, pelo menos enquanto eu cursava 4ª ou 5ª série do ensino fundamental era muito comum as meninas possuírem um caderno intitulado “Enquete”. Algumas escreviam “Inquete” mas aí vai do analfabetismo de cada um.


Neste caderno, em cada página, havia uma pergunta. Dessas que não servem para nada nem para ninguém. Qual o seu nome? Quanto anos você tem? O que você acha da dona da enquete? Com quem você fugiria para uma ilha deserta? Deixe uma mensagem para a dona da enquete! E essas perguntas típicas de pré-adolescentes.



E era mais legal quem tinha o caderno mais completo. Quem tinha mais gente disputando sua enquete. Virar a página então, UAU, era o máximo! Mas, em homenagem a esses tempos de escola, vou copiar o post que me fez lembrar de tudo isso.



Eu era (ainda sou um pouco, ok?) nerd e perfeccionista. Dessas que ODEIAM rasuras no caderno. Muitas vezes, quando eu errava alguma tarefa, eu jogava aquela folha fora e fazia de novo pra não ter rasuras.




Mode 12 anos on
Onde está seu celular? No bolso da bolsa!
E o amado? O Batista? Não sei, sumiu da mídia!
Cor do cabelo? Castanho…claro…meio loira! Não! Loira nãããão!
Sua mãe? É mulher e vai bem, obrigada!
Seu pai? É homem e vai bem também, obrigada!
Seus irmãos? Sem irmãos. Só uma irmã, que é mulher e vai bem, obrigada!
Seu filho? Não tenho ainda.
O que mais gosta de fazer? Estar com os amigos.
O que você sonhou na noite passada? Nossa, sem chance de eu recordar.
Onde você está? Responderei com uma canção. “Money, que é good nóis num have. Se nóis havasse nóis num tava aqui workando…”
Onde você gostaria de estar agora? Agora? As 7h30 da manhã? Na minha cama!
Onde você gostaria de estar daqui a seis anos? Depois que eu sair da minha cama (veja resposta acima) eu penso nisso…
Onde você estava na noite passada? Em casa! Milagre!
O que você não é? Boba.
O que você é? Muito boba.
Objeto do desejo? Um porsche.
O que vai comprar hoje? Água.
Qual sua última compra? Gasolina.
A última coisa que você fez? Digitei a resposta acima.
O que você está usando? Calça jeans, blusinha preta, sandália e acessórios.
Na TV? Friends!
Seu cachorro? Peste.
Seu computador? Necessário.
Seu humor? Variável.
Com saudades de alguém? Sempre.
Seu carro? Só tem duas calotas. As outras duas foram abduzidas.
Perfume que está usando? Victoria Secrets.
Última coisa que comeu? Bisnaguinha.
Fome de quê? Comida mexicana!
Preguiça de? Ter que discutir.
Próxima coisa que pretende comprar? Duas calotas!
Seu verão? Quente.
Ama alguém? Muito, a vida é amor.
Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Há 10 minutos.
Quando chorou pela última vez? Há dois domingos.
Mode 12 anos off

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Conto "O Riquê do Topete"


O Riquê do Topete


De Charles Perrault.

Houve uma vez uma rainha, que tinha um filho tão feio e disforme, que não parecia um ente humano. A mãe sofria desesperadamente, mas uma fada consolou-a, dizendo-lhe que, em compensação, o filho seria tão inteligente quanto habilidoso e teria, também o dom de tornar inteligente a jovem que amasse. A esse menino coube o nome de HenRiquê, porém, como ostentava um topete de cabelos no meio da fronte, todos os chamavam Riquê de Topete.

Quase na mesma ocasião, no reino vizinho, havia nascido uma princesa muito linda, mas tão estúpida, que a rainha sua mãe andava aborrecidíssima. Entretanto, uma fada prometeu que a princesa seria a mais bela moça do mundo e que teria o dom de tornar igualmente belo o jovem que amasse.

Passaram-se os anos. Riquê viu o retrato da famosa princesa, sua vizinha, dela se enamorou e foi pedi-la em casamento. A donzela se achava sozinha no parque, chorando amarguradamente, porque, apesar de toda a sua beleza, todos a evitavam e zombavam dela. O príncipe apresentou-se à moça e disse-lhe que, se ela quisesse aceita-lo como esposo, dentro de um ano, com toda a segurança, ela se tornaria inteligente e engenhosa. A jovem acedeu e o príncipe voltou muito alegre para o seu país.

A jovem noiva se transformou. Tornou-se inteligente, perspicaz, raciocinando com tanta agudeza, que os pais a custo reconheciam nela a moça tola e ignorante de outrora. O tempo se foi passando e a princesa esqueceu a promessa feita a Riquê, o do topete. Entretanto, um belo dia, quando passeava pelo parque, percebeu que a terra tremia sob os seus pés e, ela imediatamente se abriu, deixando ver uma enorme cozinha, regurgitante de cozinheiros, ajudantes e camareiros, que trabalhavam com afinco na preparação de variados e apetitosos manjares. A princesa, admirada, perguntou-lhes para que estavam trabalhando tanto. - Estamos preparando o banquete de bodas para Riquê, o do topete, que vai casar-se amanhã. A donzela só então se lembrou do compromisso que assumira com o príncipe, havia um ano e ficou inconsolável, por ver-se obrigada a casar-se com aquele homúnculo feio e disforme. Quando o príncipe chegou para o matrimônio, ela afirmou que jamais se casaria com ele. Riquê, porém, lhe falou com tanta diplomacia que a princesa por ele sentiu profunda admiração, graças aos seus raros dotes de espírito. Quando ele lhe revelou o dom, que ela possuía, mas ignorava, de tornar belo o jovem a quem amasse, a princesa exclamou, com veemência:

- Desejo, de todo o coração, que te transformes no mais belo príncipe do mundo! Mal havia pronunciado estas palavras, o príncipe converteu-se num belíssimo mancebo. O casamento se realizou no dia seguinte e o casal viveu feliz durante toda a sua vida.