FRONTEIRA INVISIVEL
O vento ao cruzar a fronteira invisível
Levantou-me no ar cortando as folhas
Num toque de imprevisível
Entre tantas e avulsas folhas ao ar!
A tempestade fez-me procurar
Um porto de abrigo…ambicioso … quem sabe seguro...
Não consigo por mais que tente escutar
O anunciar do mar …num grito sumptuoso!
Oculto-me como uma sombra naquela ilha escondida!
No inevitável temor… Que o mar não nos encubra mais
Deste sentir que me assombra
E me corre nas veias…amor… pelas vidas humanas tragadas.
Abro os olhos e não oiço o gritar
No rasto que deixo ao andar…
Por entre estas chamas a rastejar
Neste rio que quero navegar…
Cerro os olhos, cruzo os dedos
E deixo-me arrastar na sorte…
Que caia a luz nos meus segredos
Nesta cruz, onde o sul se faz norte !!!
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