Mostrando postagens com marcador Conto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Conto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Frigg

Frigg

Na mitologia escandinava, era mulher (apesar de Jord também o ter sido) do todo-poderoso Odin. Também teve o nome de Frea (na Lombardia) e Frija, na região da Alemanha, o que provocou confusões com a deusa Freya (havendo contudo a hipótese de terem sido a mesma). Era filha da terra, Fjörgyn ou Jord, e segundo algumas lendas as suas lágrimas eram de ouro.
O seu nome significa senhora, sendo representada por vezes com um vestido de falcão (que alude a uma das suas grandes capacidades, a de mudar de forma).
Apesar de saber o futuro dos homens e dos deuses, nunca o revelava. Assim, ela (ou a sua mensageira, Gna, no cavalo Hofvarpnir) percorreu o mundo com o intuito de fazer todas as criaturas jurar que nada fariam ao seu filho Balder, pois sabia que ele ia ser morto. Esqueceu-se no entanto de uma insignificante planta, o agárico. Foi então que Loki fez uma fina vara desta madeira e incitou Hod, irmão de Balder, a arremessá-lo contra este. O inocente Hod, que era cego, atirou a vara e matou Balder.
Era igualmente a deusa da vida entre cônjuges, da fertilidade e da maternidade, tendo grandes poderes insuspeitos.
Dizia-se que tinha relações extra-conjugais com Ve e Vili, irmãos do marido, sendo a sua sala no Asgard denominada Fensalir ou Paredes de Água.
O seu nome pode ter originado a Sexta-Feira (dia de Vénus, paralelo latino da deusa), Friday ou Frige daeg.

Como referenciar este artigo:Frigg. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-12-18].
Disponível na www: .

Ginnungagap

Ginnungagap

Na mitologia escandinava, entre o gelado Nifleheim e o abrasador Muspelheim situava-se esta terra de absoluto silêncio, apenas quebrado com o surgimento de Ymir. De facto, na língua inglesa a palavra gap significa algo que está entre dois espaços.
Foi no Ginnungagap que o gelo da primeira foi derretido pelo calor da segunda, criando Ymir. Este gigante glacial, o primeiro ser vivo, foi o pai dos gigantes do Gelo.
O processo da criação deste gigante é descrito da seguinte maneira: sete rios, com o nome de Elivagar (tendo um deles o nome específico de Fjörm, rápido), foram criados no Niflheim por Hvergelmir. Estes rios foram ter ao Norte do Ginnungagap com o passar do tempo, tendo a sua água congelado. O gelo foi derretido pelo ar quente que emanava do Muspelheim, surgindo assim Ymir.
Tanto o Ginnungagap como Ymir foram no entanto criados por vontade da tríade primordial de deuses, Odin, Vili e Ve.

Como referenciar este artigo:Ginnungagap. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-12-18].
Disponível na www: .

BRUNILDE

Brunilde

Era uma das Valquírias, na mitologia germano-escandinava. O seu nome (Brunhild) significa "cota de malha de guerra", podendo também ser denominada Sigdrifa. Segundo a denominada Canção do Nibelungo ou Nibelungenlied era a rainha da Islândia e vivia na fortaleza de Isenstein. O seu castelo estava rodeado de fogo e Sigurd salva-a, jurando-lhe amor eterno e dando-lhe um anel como testemunho.
Siegfried, sob efeito de um feitiço de Cremilde (princesa borgonhesa) que o fez esquecer o seu amor por Brunilde e casar-se com Cremilde, enganou Brunilde para que ela casasse com o rei da Borgonha, chamado Gunther. Quando Brunilde descobre que o seu amado Siegfried contribuiu para o seu casamento com o monarca, sentiu-se despeitada e conspirou com o seu cunhado Hagen para o matar. Este cravou-lhe a espada no ombro, único sítio que permaneceu vulnerável depois de Siegfried se ter banhado no sangue de um dragão que matou. No entanto, quando Brunilde o viu morto na pira, encheu-se de remorsos e cravou um punhal no coração. As duas piras funerárias foram então lançadas à água ao mesmo tempo, ficando os dois amantes juntos no Helheim, ou Inferno, para onde iam aqueles que não tinham morrido no campo de batalha.
O Nibelungenlied, poema épico medieval germânico, foi adaptado por Richard Wagner na ópera Der Ring des Nibelungen (O Anel dos Nibelungos).
É Wagner que pela primeira vez torna Brunilde numa Valquíria, filha do deus Odin e guardiã do Valhalla.
diversas versões da lenda de Brunilde, entre as quais os Thidrekssaga (Saga de Thidrek) e os Völsungasaga (Saga dos Völsung). Aparece também como a filha dotada de poderes sobrenaturais do rei Buthli e irmã de Bekkhild e de Átila, o Huno.
Nas variantes alemãs da história é Cremilde a protagonista e nas nórdicas é Brunilde.

Como referenciar este artigo:Brunilde. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-12-18].
Disponível na www: .

A Canção dos Nibelungos

A Canção dos Nibelungos

A Canção dos Nibelungos, no original Nibelungenlied, é um conjunto de poemas épicos da literatura medieval alemã, de autor anónimo, provavelmente de vários, como na maior parte dos épicos populares da época.
A Canção dos Nibelungos, que retrata a fidelidade do amor de uma mulher, Cremilde, ao seu marido, Siegfried, apresenta duas grandes partes: a "Morte de Siegfried" e a "Vingança de Cremilde".
A lenda germânica relata a história de Siegfried, filho dos reis Sigmond e Siglind das Terras Baixas (Holanda), e do seu amor por Cremilde, a bela e requintada princesa da Borgonha, filha do falecido rei Dankrat e da rainha Uta. Era irmã de três reis, Gernot, Giselher e Gunther. Este último queria casar com Brunilde, a rainha amazona da Islândia, que se entregava apenas àquele que a vencesse num combate único e que tinha fama de ser mais forte do que doze homens. Siegfried prometeu conseguir-lhe a mão de Brunilde na condição de Gunther lhe dar Cremilde em casamento.
Siegfried e Gunther partiram então para o país de Brunilde. Siegfried, com uma capa, que o tornava invisível, a "Tarnkappe" (que pertencia ao anão Albérico do país dos Nibelungos), ajudou Gunther a vencer o combate com a bela Brunilde na sua Fortaleza de Isenstein.
Entretanto, Siegfried foi ao país dos Nibelungos, povo de anões governados pelo rei Nibelung, filho de Neblina, para preparar um exército para acompanhar o casamento de Gunther e Brunilde e para trazer o tesouro dos Nibelungos como seu dote. Após a dupla cerimónia dos casamentos de Gunther com Brunilde e de Siegfried com Cremilde, houve uma receção sumptuosa na corte da Borgonha. Siegfried e Cremilde voltaram para o reino das Terras Baixas e tiveram um filho a quem deram o nome de Gunther, enquanto Brunilde teve um filho a quem deu o nome de Siegfried.
Anos mais tarde, deu-se uma disputa entre Cremilde e Brunilde junto à catedral. Perante toda a corte reunida, Brunilde quis impor-se, em termos de precedência protocolar, a Cremilde e a Siegfried. Cremilde, não suportando o vexame que a cunhada lhe queria infligir, acabou por revelar-lhe a verdade, ou seja, que o seu marido não era tão valoroso quanto ela pensava, pois ele conquistou-a com a ajuda de Siegfried. Brunilde, de orgulho ferido pela humilhação pública, convenceu o temível barão Hagan, seu vassalo, a matar Siegfried. Antes de o fazer, Hagen, a pretexto de proteger Siegfried, conseguiu que Cremilde lhe revelasse qual era o local do corpo do marido que se encontrava vulnerável por não ter sido banhado pelo sangue do dragão. Quando este descobriu o segredo, matou Siegfried no momento em que, distraidamente, bebia água de uma fonte. Após a morte de Siegfried, Cremilde, cujo desejo de vingança crescia, decidiu ficar na Borgonha junto do túmulo do marido.
Na segunda parte da lenda, Cremilde, despojada do tesouro dos Nibelungos por Hagan, aceitou o pedido de casamento do rei Átila para poder levar a cabo a sua vingança. Sete anos mais tarde, Cremilde e Átila convidaram a corte de Gunther, que aceitou o convite apesar do receio de muitos dos seus nobres. Cremilde conseguiu encontrar ajuda entre os vassalos de Átila para matar o irmão Gunther e toda a corte da Borgonha. Cremilde foi morta por Hildebrand, que ficou furioso com o horror da sua vingança que levou à extinção da dinastia da Borgonha.
A Canção dos Nibelungos, talvez o poema mais famoso da cultura popular alemã da época medieval, com referências do antigo folclore germânico e da mitologia teutónica, serviu de inspiração a outras obras de vulto, tal como O Anel dos Nibelundos (ciclo de quatro óperas) de Wagner, suscitando um interesse universal pelas culturas germânicas e nórdicas.

Como referenciar este artigo:A Canção dos Nibelungos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-12-18].
Disponível na www: .

O QUEBRA-NOZES

O Quebra-Nozes

Conto de natal de Ernst Theodor Amadeus Hoffmann, publicado em 1881, que deu origem a um bailado com música de Tchaikovski e coreografia de Marius Petipa e Lev Ivanov.
A ação decorre no século XIX, na Europa Oriental, na casa de Jans Stahlbaum, que passa a noite de Natal com a família e os amigos. Estes são aguardados com grande expectativa por Clara, Louise e Fritz, filhos dos donos da casa, ansiosos por prendas.
Clara recebe do padrinho, Drosselmeyer, o grande animador da festa, um lindo quebra-nozes em forma de soldado. Os irmãos, com inveja, tiram-lhe o presente, acabando por danificá-lo. O padrinho para consolar a afilhada, que ficara triste com o sucedido, garante-lhe que tudo se resolverá.
Terminada a festa, vão todos dormir. Clara acorda e que o Queba-Nozes ganha vida. Como, na sala, havia barulho de ratos, o soldadinho convoca os seus companheiros para lutar contra eles e o seu rei. Depois de matar este, Quebra-Nozes transforma-se num Príncipe e leva Clara a conhecer o Reino das Neves e o dos Doces. Neste último, a Fada Açucarada organiza uma festa, onde dançam todas as figuras do reino, em homenagem à menina. Por fim, Clara e o Príncipe regressam a casa.
Clara acorda, apercebendo-se de que tudo não passara de um sonho maravilhoso.

sábado, 28 de julho de 2012

Conto Romantico

Um conto de Amor




Ele adora escrever. Sobre qualquer assunto. Cinema, futebol, artes, política, economia, educação... Se pedirem para ele escrever sobre o levantar voo de uma mariposa no Sul da África, ele vai fazer um texto no mínimo atraente. Mas ela o deixa sem palavras. Nunca nada, nem ninguém, o deixou desta maneira. Ela lhe dava amor, mas lhe tirava as palavras. As pessoas costumam ficar sem ar com a paixão. Ele ficava sem as palavras. Fazer o quê? Claro que ele preferia o amor dela do que todas as palavras do universo, mas como escrever para ela, ou sobre ela, se ele estava sem palavras?

Ela sempre o inspirou. Desde antes do reencontro. Reencontro porque essa conexão que eles têm não é dessa vida apenas... Ele queria ter escrito sobre o inusitado primeiro beijo em um táxi há quase cinco meses. Qual o casal que já teve seu primeiro beijo em um táxi, em frente ao famoso Farol da Barra, em Salvador? Eles têm algo especial. E, aos poucos, ele foi tentando reencontrar as palavras. Talvez inspirado pelas poesias dela (ele sempre quis namorar uma poetisa)...

O reencontro foi mágico. Ele olhou para ela e a reconheceu de alguma forma. Ela também. E retribuiu o olhar com um sorriso. Com poucas palavras, o convidou para conversar. Abriu suas asas e o acolheu. Ele se sentiu confortável. Quis conversar mais vezes. O tempo percebeu que eles ainda não estavam maduros o suficiente para reviver um amor verdadeiro. Algumas vezes eles se visitavam em sonho, pois nada nele era indiferente a ela e vice-versa.

Mais de um ano após os olhares, sorrisos e conversas, ele entrou no táxi. Queria ver seus olhos de perto, mas os óculos escuros dela disfarçavam uma certa timidez. Foram direto para o hotel. Seus olhos queriam encontrar os dele. Seu corpo queria sentir o dele mais perto. Mas o destino dizia para esperar um pouquinho mais. Só um pouquinho. E agia em forma de timidez. Quando os corpos e olhos enfim receberam o sinal verde, se juntaram de uma forma sublime e inesquecível. Como uma poesia. O amor foi concretizado. De uma forma a se querer sempre mais. Sempre mais.
 
Sempre mais.
[Continua...]
 
Ela: Me manda um beijo.
Ele: Não. Um é pouco.
Ela: E quantos eu mereço?
Ele: Não sei contar até onde você merece.
Ela: Então me beija sem contar.
Ele: Melhor perder a conta.