Resenha: "Mariana" do Pedro
Bandeira
Editora:
Ática
ISBN: 8508057474
Ano: 2000
Páginas:
88
Sinopse: "Mariana sofre por ser ainda menina, enquanto suas amigas
já são mocinhas e até namoram. Ajudada pelo amigo Jorginho, inventa histórias
sobre um namorado que está no exterior, para ninguém perceber que ela é
diferente."
Tecnicamente, esse livro foi uma releitura, porque já havia
lido ele em alguma roda da leitura da vida nos meus tempos de quinta ou sexta
série (Atualmente são sexto ano e sétimo ano, respctivamente), mas quando
precisei ler um livro para o Desafio Literário, esse livro me veio a
mente.
Mariana é uma menina que se sente na obrigação de provar a todos os
seus amigos que não é mais criança e que sabe lidar sem medos ou incertezas com
a fase da adolescência.
Sua melhor amiga arruma um namorado, e para não ficar
para trás, Mariana inventa um para ela também, se gabando para todos que seu
"Fernando" é um homem e tanto.
A coisa complica quando suas amigas insistem
que ela o apresente a elas, já havia criado diversas desculpas antes para não
fazer isso e agora não tem como fugir.
O único que realmente a conhece e com
quem ela consegue ser verdadeira é seu melhor amigo Jorginho, que mais tarde
acaba se revelando muito mais do que isso.
Mesmo quando era pequena eu achava
a Mariana infintamente boba. Essa coisa de fazer qualquer coisa para se aceita
pelos amigos e etc. Até porque se você precisa inventar um namorado imaginário
para que alguém queira ser seu amigo, é um sinal de que aquela pessoal muito
provavelmente não é sua amiga... O que era estranho considerando que todas as
meninas da minha turma a adoraram, mas fazer o quê? Pelo jeito sempre fui uma
menina madura demais para os meus 12 anos...
O que mais me espantou nesse
livro é que ele foi escrito pelo Pedro Bandeira. Porque lendo toda a coleção dos
"Karas" é de se espantar como o autor consegue abordar de dois cotidianos tão
diferentes assim! Mas a versatilidade é uma das maiores qualidades de um
escritor, não é?
Eu gosto da história, apesar da Mariana me irritar muito.
Mentira, eu gosto do Jorginho porque ele é um fofo em todos os níveis de fofura
que podem existir. A leitura é leve e como o livro tem poucas páginas, é
possível devorá-lo em questão de horas.
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