É possível atribuir um pertencimento particular e unitário a Edgar Morin?
(Maria da Conceição de Almeida)
Certamente não. Licenciado em História, Geografia e Direito, ele é mais propriamente, como por vezes anuncia, um contrabandista de saberes, um artesão sem patente registrada, porque transita livremente por entre as arbitrárias divisões, entre as ciências da vida, do mundo físico e do homem.
Quer rejuntar o que o pensamento fragmentado da super-especialização disciplinar fraturou e somando a isso as circunstâncias sociais, familiares e políticas que delinearam seu caminho intelectual.
Morin é um pensador inclassificável, múltiplo, um eterno estudante. Um intelectual que o jornal La libre Belgique chamou de um humanista sem fronteiras. Um intelectual que politiza o conhecimento.
Ele é um homem que não se esconde nas palavras, mas que se expõe perigosamente por meio delas. Para ele, o pensamento é um combate, com e contra as palavras.http://www.ihu.unisinos.br/uploads/publicacoes/edicoes/1163186600.42pdf.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário