quinta-feira, 24 de março de 2011

Tecendo comentários sobre Responsabilidade Social


1) AFINAL, O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL ?


2) A EMPRESA QUE TEM UM PROGRAMA DE VOLUNTARIADO TEM RESPONSABILIDADE SOCIAL ?


3) QUAL A DIFERENÇA ENTRE RESPONSABILIDADE SOCIAL E PROGRAMAS ou PROMOÇÕES SOCIAIS ?

Segundo o Instituto Ethos de Empresas: "A responsabilidade social envolve aspectos que vão desde ética e transparência até a relação com os consumidores/clientes, passando por meio ambiente, comunidade, fornecedores, público interno, governo e sociedade.

Por toda essa abrangência, implementar uma política de responsabilidade social exige esforço amplo e não se restringe à promoção de alguma ação social ou ambiental."

Ser socialmente responsável é, em primeiro lugar, imprimir um comportamento ético ba relação com todos os stakeholders (isto é: todos os públicos). No meio de dúvidas e desconhecimentos, muitas empresas podem acabar incentivando o trabalho voluntário e não praticar nenhuma política de avaliação dos seus fornecedores ou financiar entidades do terceiro setor e não estimular a diversidade no seu quadro de funcionários.

A responsabilidade social é um valor, uma forma de olhar o mundo que transcende a função que a pessoa desempenha na empresa, tem de ser levada para a vida dela.

Como a relação com todos os públicos é extremamente importante, a responsabilidade social deve ser exercida por todas as áreas da empresa. Todos têm que estar entendendo e expandindo esse conceito.

Quando uma empresa é doa, ela não vê, na busca saber do resultado alcançado com essa doação. Por isso, tem de haver um planejamento e um acompanhamento dos projetos.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS:

Primeiro: uma mudança positiva de atitude para incorporar as mudanças.


Segundo: buscar informações nos sites e nas instituições especializadas.


Terceiro: promover uma discussão interna sobre o que a empresa pretende
fazer e também como envolver as pessoas.

Quarto: buscar o foco de atuação e, a partir daí, começar a monitorar.

MARKETING SOCIAL:


É o mercado que tem de reconhecer que a empresa é cidadã: o público, os fornecedores, os funcionários, todos os seus stakeholders.

Um dos pecados da empresa, é investir na divulgação mais do que na própria ação social. As empresas jamais devem investir em comunicação e marketing, valores superiores ao que está destinado para a causa social. Isso é marketing às custas de uma ação social.

É ruim para as empresas se o consumidor percebe que elas têm o discurso maior do que a ação. O marketing deve ser uma conseqüência da ação social e não a sua causa. Não é feio divulgar, apenas o motivo da ação não pode ser a divulgação. Dessa forma, o projeto já tende ao fracasso.

Texto tirado da Revista "O melhor do RH" - Anuário 2003.
http://gestaoemrecursoshumanos.blogspot.com/2010/10/limpando-alguns-conceitos.html

Responsabilidade Social

Responsabilidade Social

As transformações sócio-econômicas dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado tem cada vez mais lugar de destaque na criação de riqueza; por outro lado, é bem sabido que com grande poder, vem grande responsabilidade. Em função da capacidade criativa já existente, e dos recursos financeiros e humanos já disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.
A idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é. portanto, relativamente recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações.
Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor performance nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade. A busca da responsabilidade social corporativa tem, grosso modo, as seguintes características:
• É plural. Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.
• É distributiva. A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.
• É sustentável. Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.
• É transparente. A globalização traz consigo demandas por transparência. Não mais nos bastam mais os livros contábeis. Empresas são gradualmente obrigadas a divulgar sua performance social e ambiental, os impactos de suas atividades e as medidas tomadas para prevenção ou compensação de acidentes. Nesse sentido, empresas serão obrigadas a publicar relatórios anuais, onde sua performance é aferida nas mais diferentes modalidades possíveis. Muitas empresas já o fazem em caráter voluntário, mas muitos prevêem que relatórios sócio-ambientais serão compulsórios num futuro próximo.
Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora, mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.
Foi com esse intuito que o portal RESPONSABILIDADESOCIAL.COM foi criado: com a missão de contribuir para um Brasil socialmente mais justo por meio da troca de experiências e novas tecnologias sociais. Entre em contato com suas dúvidas e sugestões: responsabilidade@responsabilidadesocial.com.

http://www.responsabilidadesocial.com/institucional/institucional_view.php?id=1

E QUE VIVA A AMIZADE


FALANDO SOBRE AMIZADE
Amizade (do latim amicus; amigo, que possivelmente se derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego) é uma relação afetiva, a princípio, sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas.
Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo.
Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.
A amizade pode ter como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres.
Alguns amigos se denominam "melhores amigos".
Os melhores amigos muitas vezes se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuges, funcionando como um confidente.
Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.
Muitas vezes os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação.
Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.
A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida.
Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.
Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".
Popularmente, disse-se que "o cão é o melhor amigo do homem".
O Dia do Amigo (também conhecido como "Dia da Amizade") é comemorado em 20 de julho.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amizade

Alerta : Agrotóxicos e contaminação a água

ALERTA

"Agrotóxico vai contaminar a água e desequilibrar a oferta de alimentos", diz a pesquisadora Professora Raquel Rigotto

A professora e pesquisadora do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará Raquel Rigotto alerta para o risco de contaminação das áreas agriculturáveis do país devido ao uso abusivo de agrotóxicos por parte das empresas do agronegócio.

Em entrevista à Rede Brasil Atual, Raquel, que também é coordenadora do Núcleo Tramas – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde, critica o modelo de desenvolvimento agrícola adotado pelo Brasil e prevê que a continuidade do atual padrão pode levar ao adoecimento da população, além de pouco contribuir para o abastecimento e a segurança alimentar no país.

Leia a seguir a íntegra da entrevista:

O Ibama divulgou no fim de janeiro uma pesquisa sobre os agrotóxicos, que confirma que 67% das vendas destes insumos estão na mão da Monsanto. Como isso se relaciona com um consumo tão grande de agrotóxico, o que isso indica em termos de alimentação e de segurança alimentar?

Em termos de alimentação, nós vamos ter um comprometimento importante na contaminação da água e na contaminação dos alimentos propriamente ditos e isso acarreta implicações muito importantes pra saúde humana. Há evidências que a ingestão de água contaminada com pequenas doses de diferentes princípios ativos de agrotóxicos podem provocar uma série de agravos à saúde, como o câncer. Especialmente o câncer de mama, já temos evidências de como o DDT, por exemplo, pode provocar alteração do sistema imunológico, alteração do sistema endócrino, do fígado, dos rins e da pele, alteração sanguínea, alergias, enfim, um amplo leque de agravos à saúde.

Em termos de segurança alimentar é importante a gente considerar também que o agronegócio está voltado para a produção de commodities, então ele tem ocupado terras agricultadas e terras férteis, tem se expandido através de biomas fundamentais para o equilíbrio ecológico como a Amazônia, o cerrado e a caatinga.

Com isso, ele concentra terra e reduz o espaço da produção da agricultura e com isso estamos assistindo à alta dos preços dos alimentos. Processo semelhante está acontecendo nos Estados Unidos com o etanol a partir do milho. Ações do agronegócio têm tido muita implicação na segurança alimentar, além da incompatibilidade da convivência entre o modelo de produção da agricultura camponesa e o modelo do agronegócio.

Nós temos acompanhado por exemplo assentamentos do MST rodeados de empreendimentos do agronegócio, em que as pulverizações são muito frequentes e as chamadas pragas saem (das plantações) do agronegócio por causa do veneno e vão para as plantações dos camponeses.

Sobre a questão da alta do preço dos alimentos, já faz alguns anos que se vem alertando pra isso. Qual vai ser a saída pra isso, se mantivermos a opção pela industrialização agrícola?

A gente tem uma artificialização cada vez maior do padrão alimentar da população em função disso, a soja, por exemplo, vai ser usada como componente da ração que vai ser oferecida a animais, e isso volta pra nós em forma de 'nuggets'.

Temos visto um crescimento rápido de obesidade entre adolescentes brasileiros. O IBGE mostrou que essa obesidade é acompanhada por um padrão nutricional precário, déficit imunológico, ingestão de várias substâncias químicas, como corantes e conservantes. Também provoca uma contaminação por causa do lixo gerado pelas embalagens dos alimentos.

Há esforços governamentais no sentido de fomentar a ecologia como política de desenvolvimento?

O que a gente percebe contemplando os orçamentos é uma enorme desigualdade. Se eu não me equivoco, em 2010 foram R$ 100 bilhões para o agronegócio e R$ 16 bi para a agricultura familiar. Uma coisa é você ter dentro do Ministério de Desenvolvimento Agrário um setor que cuida da agroecologia, com técnicos muito respeitados e apaixonados por essa causa. E outra coisa é você fazer disso o marketing verde do governo, pra esverdear o modelo de desenvolvimento, mas é algo que está fora da realidade.

Então o que a gente vê é que o governo federal não tem uma política voltada para isso. Por exemplo, há uma lei federal que isenta 60% do ICMS para produtos agrotóxicos. Temos um incentivo fiscal do governo federal ao consumo de agrotóxicos, uma lei como essa é uma antítese de uma escolha agroecológica.

A Anvisa vem sendo muito criticada pelos representantes do agronegócio no Congresso por ter passado a revisar o uso de algumas substÂncias, como é que a senhora vê esses ataques?

Essas empresas transnacionais, eu imagino que no planejamento estratégico delas umas das vantagens comparativas dos países do Terceiro Mundo, como a gente era chamado, é supor que não vão encontrar ali nem pesquisadores e nem instituições públicas com capacidade técnica de antever a evidência dos padrões que eles querem fazer aqui.

Eles ficam muito excitados. Eu identifico isso no caso dos servidores públicos da Anvisa - como servidora pública de uma universidade pública eu percebo isso. Não estava no plano deles ter um orgão público que venha 'criar caso', que venha aqui pra competentemente realizar o trabalho (de fiscalização).

A Anvisa tem tentado isso, ela tem tido dificuldades internas no governo. É necessário que a sociedade fortaleça esse tipo esforço para tratar com o devido rigor as "armas químicas". É impensável que um cidadão qualquer - que pode ser um louco, um desequilibrado - possa chegar numa loja e comprar 100, 200, 300 quilos de agrotóxico, que é um veneno, desde que ele tenha dinheiro para pagar. Isso é inconcebível e insustentável do ponto de vista de política pública.

Em relação às consequências, você poderia citar alguns exemplos de casos crônicos de intoxicação por agrotóxicos, que não são tão aparentes e que não ocorrem logo após o uso?

Sim, são chamadas de efeitos crônicos dos agrotóxicos, que têm a ver com a exposição diária a pequenas doses de exposição de variados produtos. Ao longo de um tempo, de um ano, dois anos, a gente vê uma série de efeitos e ultimamente tem se discutido bastante sobre esse papel dos disruptores endócrinos, que às vezes ocupam o nosso corpo no lugar dos nossos hormônios sexuais.

Eles produzem alteração na fertilidade, má formação congênita nos fetos humanos e alterações neurocomportamentais: insônia, irritabilidade, alteração de memória e até alteração de comportamento mesmo, inclusive inclinações suicidas.

Já temos estudos na cultura do fumo no Rio Grande do Sul, da soja em Dourados, no Mato Grosso do Sul, e estudos internacionais comprovando a elevação da taxa de suicídio entre trabalhadores expostos ao agrotóxico.

10/03/2011

Escrito por: João Peres, Rede Brasil Atual

Por email