segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Informativo Cartografia
“O que é um mapa ?”
Os três atributos imprescindíveis de todos os mapas são:
1 - Escala
2 - Projeção
3 - Simbolização
Todas as vantagens e limitações dos mapas derivam do grau pelo qual os mapas (1) reduzem e generalizam a realidade, (2) comprimem ou expandem formas e distâncias por projeção e (3) apresentam fenômenos selecionados através de sinais que, sem necessariamente possuírem semelhanças com a realidade, comunicam as características visíveis ou invisíveis da paisagem.
MAPAS (CARTAS) SISTEMÁTICAS, TOPOGRÁFICAS, TEMÁTICAS E ESPECIAIS
Existem muitas classificações e subdivisões dos produtos cartográficos, sejam eles cartas ou mapas. Uma delas é a que os divide em especiais e sistemáticos.
Os especiais são mapas avulsos ou de uma pequena série, como os de um Atlas, e, geralmente, de escalas pequenas.
Os sistemáticos são os que, de forma séria e organizada, cobrem um país ou uma região através de dezenas ou até milhares de cartas produzidas.
MAPAS (CARTAS) SISTEMÁTICAS, TOPOGRÁFICAS, TEMÁTICAS E ESPECIAIS
As cartas sistemáticas podem ser subdivididas em topográficas e temáticas.
Os mapas temáticos apresentam temas como a geologia, as rotas de navegação, a vegetação, etc., de uma forma sistematizada, frequentemente através do uso das cartas topográficas como a base cartográfica.
Cartas Geográficas
(topográficas e planimétricas)
Cartas náuticas
(temática)
Cartas Meteorológicas
(temática)
Aeronáuticas
(temática)
Globos
(especial)
Cartas de vegetação
(temática)
CARTOGRAFIA COMO CIÊNCIA E ARTE
A cartografia é arte nos mapas de alta qualidade, especialmente em antigos mapas históricos.
A cartografia como ciência vem do conhecimento de como comunicar, com quais instrumentos e técnicas, para que a realidade representada fique bem mais exata.
É o conhecimento de quais símbolos colocar no mapa e quais itens omitir. É o conhecimento da projeção usada no mapa e de como os mapas são produzidos.
É importante entender e lembrar dessas duas faces tão distintas, porém interligadas.
OS GRANDES COMPONENTES DA CARTOGRAFIA
Visão Integrada e O Ensino de Cartografia.
Este elemento é o primeiro passo do estudo do processo cartográfico completo, sem o qual ninguém pode considerar-se um cartógrafo.
Visa o entendimento da cartografia como disciplina unificada, porém com subdivisões.
A visão integrada está intimamente ligado ao ensino da cartografia, que deve ser amplamente variado para servir os diversos fins de vários cursos e níveis de ensino.
História da Cartografia
A história da cartografia é um aspeto que nos ajuda a entender como ciência e a arte se desenvolveram na cartografia e porque ela existe com a atual estrutura.
A história também nos ajuda a entender que direção poderá tomar a cartografia.
Ligada a história cartográfica está a cartografia histórica, no qual os velhos mapas e as cartas são estudados para que se possa entender melhor o passado.
Escala
A representação de uma área em um mapa é feita num tamanho reduzido.
Esta redução de escala para um tamanho adequado, de acordo com as finalidades do mapa, é a base de muitos usos qualitativos das cartas.
Assim, a escala é tão fundamental que é considerada um dos três atributos imprescindíveis de um mapa ou carta juntamente com a projeção e simbolização.
Projeção
Um aspeto fundamental da cartografia é de entender e tentar corrigir os problemas relacionados com a transformação da superfície esférica (a Terra) uma superfície plana (o papel).
Isto é chamado de projeção. Existem uma variedade de maneiras diferentes de representar uma esfera num pedaço de papel, porém deve-se ter conhecimento desde o início do que uma esfera pode somente ser produzida sem deformações numa outra esfera.
Sendo assim, todas as projeções tem deformações, imperfeições e problemas.
Acomodar estes problemas é um dos afazeres do cartógrafo e uma das melhores maneiras de distinguir um cartógrafo de um desenhista técnico.
Simbolização e Conteúdo de Mapas
O cartógrafo está constantemente preocupado com o conteúdo dos seus mapas. Um mapa não pode mostrar tudo que existe numa qualquer realidade. Tampouco pode conter todos os detalhes que existem numa fotografia aérea. Mas o mapa difere de uma fotografia no sentido que ele pode ser seletivo e fazer sobressair dois ou três temas, os quais sejam o seu objetivo.
Um mapa pode ainda mostrar coisas que não são visíveis em fotografias, tais como divisões políticas, densidade demográficas, ou formações geológicas subterrâneas.
Informativo Cartografia
Escala: redução do território representado
Projeção: Transposição de superfícies
Seleção de Informações: Espaço geográfico.
Simbologia: Representação gráfica físicas e culturais.
As representações gráficas
Mapas, refletem o espaço real, dinâmico e histórico.
As representações gráficas
São um instrumento analítico e de tratamento da informação
Um mapa não se desenha
Ele é construído e reconstruído.
PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFIA BÁSICA
A cartografia é, ao mesmo tempo, arte e ciência;
A cartografia pode ser subdividida em pelo menos dezessete grandes componentes, que são interligados, porém distintos, e podem ser estudados em separado por cada uma das especializações cartográficas;
A história da cartografia mostra suas bases culturais, científicas e sua importância econômica;
A comunicação é um dos grandes objetivos da cartografia; um outro é a análise espacial cartográfica;
Todos os mapas têm distorções; contudo, geralmente elas são controladas, conhecidas e aceitáveis, desde que os usuários as entendam;
Existem três atributos imprescindíveis de qualquer carta ou mapa; um é a projeção, que permite a representação em papel plano das coordenadas geográficas e de outras características da Terra esférica.
Outro atributo é a escala, que determina obrigatoriamente a generalização da realidade;
O terceiro atributo inevitável é a simbolização, frequentemente associado à classificação para simplificar o processo de comunicação através de símbolos.
A NATUREZA DA CARTOGRAFIA
A QUESTÃO DA COMUNICAÇÃO E DA DISTORÇÃO
Se tivéssemos que definir o que é a Cartografia em somente duas palavras, diríamos que Cartografia é “comunicação” e “análise”.
Cartografia como “análise” é mais ligada a Cartografia Geográfica, que concentra no estudo espacial dos fenômenos a serem mapeados. Assim, antecede o mapa, ou utiliza cartas para determinar o conteúdo de outras cartas novas.
Cartografia como “comunicação” concentra mais na carta existente: como foi feita e como pode ser lida e interpretada. Não é a única forma de comunicação.
Uma questão da cartografia é a de que “todos os mapas destorcem a realidade”. As ramificações desta afirmação são importantes para cartógrafos, geógrafos e todos os elaboradores de mapas.
Não é possível usar mapas sem esforço. Muitos mapas não podem, nem devem, ser simplificados até tornarem-se folhas de papel para pessoas preguiçosas no uso de material gráfico.
A informação mapeada alcança um significado somente quando o usuário é capaz e deseja estudar e entender o mapa.
Ambos, o leitor e o autor do mapa, exercem papéis ativos na comunicação cartográfica; devem tentar entender o processo da comunicação;
DEFINIÇÕES
Não existe uma diferença rígida entre os conceitos de mapa e carta.
A palavra mapa teve origem na Idade Média, quando era empregada exclusivamente para designar as representações terrestres. Depois do século XIV, os mapas marítimos passaram a ser denominadas cartas.
Posteriormente, o uso da palavra carta generalizou-se e passou a designar não só as cartas marítimas, mas também, uma série de outras modalidades de representação da superfície da Terra, causando uma certa confusão.
MAPA
Definição Simples: Representação dos aspetos geográficos-naturais ou artificiais da Terra destinada a fins culturais, ilustrativos ou científicos.
O mapa, portanto, pode ou não ter caráter científico especializado e é frequentemente, construído em escala pequena, cobrindo um território mais ou menos extenso.
CARTA
Definição Simples: Representação precisa
da Terra, permitindo a medição de distâncias,
direções e a localização de pontos.
Assim, a carta é comumente considerada como uma representação similar ao mapa, mas de caráter especializado construído com uma finalidade específica e geralmente em escala média ou grande - de 1:1.000.000 ou maior.
Sala de aula : Cartografia
A representação das escalas cartográficas que usamos até agora é a numérica. Porém, existe uma outra forma de representar a escala: a forma gráfica.
A escala gráfica aparece sob a forma de uma reta dividida em várias partes, cada uma delas com uma graduação de distâncias. A sua utilidade é a mesma da escala numérica.
ATIVIDADE 2
Elabore uma atividade de leitura de mapas seguindo os passos sugeridos abaixo. Basta que você apresente esquematicamente o que segue. Para realizar esta tarefa, você deve:
a) Determinar a idade e a série escolar do grupo (público alvo).
b) Definir os objetivos a serem alcançados.
c) Especificar o material a ser utilizado (tipo de mapa).
d) Relacionar as diversas etapas preparatórias que antecedem leitura propriamente dita.
Sala de aula : Cartografia
Miriam Orensztejn e Neuza GUELLI
Em “Cartografia: a linguagem da geografia”proposta de trabalho:
1 Observação de pontos de referência, localização com a utilização de retas coordenadas como pontos de referência, proporcionalidade, conservação de forma, tamanho e comprimento (atividade de orientação).
2 Elaboração de legendas (atividade de codificação do cotidiano visando a compreensão da função semiótica).
3 Leitura cartográfica (atividade de decodificação, isto é, relacionar o significante das legendas e de toda a simbologia dos mapas a seus significados).
O aprendizado em três momentos proporciona ao aluno condições de construir internamente os pré-requisitos para a leitura de mapas. Espera-se que ao final do processo de educação cartográfica, o aluno compreenda o significado de limites e fronteiras, além de ter desenvolvido seu senso de orientação e localização.
CARTOGRAFIA
Mapas em diferentes escalas servem para diferentes tipos de necessidades:
• mapas em pequena escala (como 1:25.000.000) proporcionam uma visão geral de um grande espaço, como um país ou um continente;
• mapas em grande escala (como 1:10.000) fornecem detalhes de um espaço geográfico de dimensões regionais ou locais.
Por exemplo, em um mapa do Brasil na escala 1:25.000.000, qualquer capital de estado será representada apenas por um ponto, ao passo que num mapa 1:10.000 aparecerão detalhes do sítio urbano de qualquer cidade.
VOCÊ SABIA? Cartografia
A leitura de mapas proporciona aos estudantes uma melhor visualização e compreensão do ambiente em que vivem. Através da leitura de mapas, os alunos percebem as características físicas (relevo, vegetação, hidrografia etc.), mas também as econômicas, sociais, humanas e culturais de seu meio, tornando-se capazes de entender as transformações ambientais acarretadas tanto pelos fenômenos naturais quanto pela ação do homem.
Estatistica de ontem e de hoje?
A distribuição da população segundo a cor manteve o padrão observado nos últimos anos: 51% de autodeclarados brancos; 42% de pardos; 6% de pretos; e cerca de 1% de cor amarela ou indígena. O maior percentual de pessoas de cor branca foi encontrado na região Sul (83%). As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentavam uma maior participação de pardos (71%, 64% e 51% respectivamente). Já o Sudeste tinha a maior proporção de pessoas que se declaram de cor preta (7%) - embora tenha sido a Bahia o estado com participação mais expressiva da população dessa cor (13,1%), com destaque para a região metropolitana de Salvador (24%).
Desigualdades entre brancos, pretos e pardos se mantêm
Os brasileiros de cor preta e parda continuaram apresentado, em 2004, indicadores em desvantagem aos observados para a população branca.
A taxa de analfabetismo da população preta e parda continuava, em 2004, mais que o dobro da apresentada pela população branca (16% contra 7%), sendo a maior diferença registrada em Alagoas (22% para brancos, 34% para pardos e 41% para pretos). Em termos de analfabetismo funcional, o quadro de desigualdade era semelhante: no país, 18% da população branca tinham menos de quatro anos completos de estudo, percentual que foi superior a 30% para as pessoas de cor preta e parda.
Se a freqüência escolar não se mostrou muito desigual entre as crianças de 7 a 14 anos, nos grupos etários de 15 a 17 anos e de 20 a 24 anos, a diferença entre brancos e pretos e pardos chegou a cerca de seis pontos percentuais.
Da mesma forma, em relação à adequação série-idade, considerando os jovens de 18 a 24 anos, verificou-se que 11% dos de cor branca e 27% dos de cor preta e parda ainda freqüentavam o ensino fundamental, enquanto 35% dos brancos e 51% dos pretos e pardos estavam no ensino médio. Nessa mesma faixa etária, 47% dos estudantes de cor branca estavam no ensino superior, uma proporção quase três vezes superior à dos estudantes de cor preta e parda.
Já a média de anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais de idade era de 7,7 anos para os brancos e ficou em torno de 6 anos para pretos e pardos.
A escolaridade diferenciada entre brancos e pretos e pardos acaba por se refletir no mercado de trabalho. As pessoas ocupadas de cor branca tinham, em 2004, em média, 8,4 anos de estudo e recebiam mensalmente 3,8 salários mínimos. Em contrapartida, a população preta e parda ocupada apresentava 6,2 anos de estudo e 2 salários mínimos de rendimento. A diferença na escolaridade não é suficiente, porém, para explicar a desigualdade nos rendimentos: embora a média de anos de estudo de pretos e pardos tenha sido 74% da média dos brancos, o rendimento médio mensal da população ocupada preta e parda representou apenas 53% do rendimento dos brancos.
Mesmo entre pessoas com escolaridade equivalente, observou-se um diferencial significativo em todos os grupos de anos de estudo, com a população ocupada de cor branca recebendo sistematicamente mais que os pretos e pardos. A maior diferença foi encontrada no grupo de maior escolaridade: entre aqueles com pelo menos o ensino médio concluído (12 anos ou mais de estudo), os brancos recebiam em média R$ 9,1 por hora, enquanto que os pretos e pardos tinham um rendimento-hora médio de R$ 5,5.
O nível de fecundidade das mulheres brancas das regiões Sudeste e Sul se encontrava abaixo do nível de reposição (1,8 e 1,7 filhos por mulher respectivamente), enquanto que o correspondente às mulheres pretas e pardas do Norte foi estimado em 3,0 filhos por mulher.
No Nordeste, a taxa de mortalidade infantil de crianças cujas mães eram pretas e pardas (46,5‰) era mais que o dobro das taxas referentes às regiões Sudeste (20,2‰) e Sul (22,8‰). As respectivas taxas de mortalidade infantil de mães brancas eram 34‰ 17,0‰ e 16,4‰.
60,3% dos domicílios urbanos têm acesso a serviços públicos de saneamento
No Brasil, 60,3% dos domicílios urbanos dispunham do conjunto de serviços públicos de saneamento6 em 2004. O destaque ficava para o Sudeste, com 82,8% dos domicílios urbanos atendidos, cabendo às demais regiões percentuais bem inferiores: Norte (9,1%), Centro-Oeste (34,4%), Nordeste (34,9%) e Sul (57,7%). Nas regiões metropolitanas localizadas no Norte e Nordeste, os destaques negativos cabiam às de Belém (20,1%) e Recife (36,0%), mas todas apresentavam percentuais bem abaixo das localizadas no Sudeste e no Sul. Os maiores percentuais de domicílios urbanos atendidos pelo conjunto de serviços de saneamento foram registrados nas regiões metropolitanas de São Paulo (84,6%) e Belo Horizonte (82,7%).
DEFASAGEM
Em 2004, a defasagem escolar no ensino fundamental (1ª a 8ª série) se agravava conforme se avançava no fluxo escolar. Foram consideradas defasadas as crianças com 9 anos ou mais de idade freqüentando a 1ª série; com 10 anos ou mais freqüentando a 2ª série; com 11 anos ou mais na 3ª série; e assim por diante. Na 1ª série, a defasagem atingia quase 17% dos estudantes; já na 8ª série, 38% dos estudantes tinham 16 anos ou mais de idade, sendo que no Norte e Nordeste esse percentual atingia mais da metade dos alunos.
Por meio de uma simulação do fluxo escolar, supondo constantes as taxas de promoção, repetência e evasão, a expectativa de concluintes para a 4ª série do ensino fundamental era de cerca de 88%, enquanto para a 8ª série era de apenas 54%.
Considerando que o ensino fundamental é dividido em 8 séries (com dois segmentos de 4 séries), no Brasil o aluno levava em média 5 anos para concluir o primeiro segmento e 9,9 anos para concluir todo o ensino fundamental, praticamente dois anos a mais que o previsto. Na Bahia, o tempo médio de conclusão da 4ª e 8ª séries chegava a 6,3 e 11,7 anos respectivamente.
Do total de estudantes de 18 a 24 anos, apenas cerca de 1/3 cursava ensino superior em 2004 e mais da metade estava defasada: 38,8% no ensino médio e 15,7%, no fundamental. No Sudeste, a proporção de jovens no ensino superior foi mais elevada (43,7%), enquanto no Nordeste os estudantes defasados eram mais de 70%.
Em média, brasileiro não conclui ensino fundamental, e idosos são analfabetos funcionais
A população de 15 anos ou mais de idade tinha em média 6,8 anos de estudo em 2004. As menores médias estavam na região Nordeste, variando de 6,1 anos em Sergipe a 4,7 anos em Alagoas, enquanto o Distrito Federal foi o único estado onde a população apresentava escolaridade média superior ao ensino fundamental (8,8 anos). As médias de anos de estudo nas áreas rurais foram bem inferiores às das áreas urbanas, com uma diferença de aproximadamente 3 anos em todas as regiões.
Só aos 18 anos de idade a população passava a ter, em média, a escolaridade mínima de 8 anos, considerada obrigatória por lei. Por outro lado, pela média de 3,5 anos de estudo, os idosos podiam ser considerados analfabetos funcionais. Em média, 30% da população adulta (25 anos ou mais de idade) eram analfabetos funcionais, mais de 40% tinham o ensino fundamental incompleto, 9% haviam concluído só o ensino fundamental, 18% concluíram o ensino médio e apenas 8% possuíam ensino superior completo.
Havia uma tendência de crescimento da média de anos de estudo conforme aumentava o rendimento familiar. Assim, para os que estavam dentro do 1/5 mais pobre em 2004, a média era de 3,9 anos de estudo, já entre os que estavam no 1/5 mais rico passava para 10,4 anos.
Creche, em 2010 tem?
A taxa de freqüência escolar de crianças mostra que o rendimento familiar é determinante no acesso ao pré-escolar ou creche: apenas 9,0% das crianças de 0 a 3 anos pertencentes à camada cujo rendimento familiar per capita era de até 1/2 salário mínimo freqüentavam um estabelecimento escolar. Entre as grandes regiões, o percentual ficava em 4,5% no Norte e Centro-Oeste, enquanto no Sudeste e Sul superava os 11%. Nas famílias de rendimento mais elevado (mais de 3 salários mínimos per capita), a taxa ficou em torno de 40%, revelando que, independentemente da região, quando a situação socioeconômica familiar é melhor, o acesso à escola é muito maior.
Embora na faixa de 7 a 14 anos o rendimento familiar não influencie a freqüência escolar, quando se trata dos adolescentes de 15 a 17, a variável volta a ser importante. Dos adolescentes pertencentes aos 20% mais pobres, 72,1% estavam na escola, enquanto entre os 20% mais ricos o percentual chegava a 93,1% (no geral, a taxa de freqüência à escola dos adolescentes era de 82%).
No Norte, Acre e Roraima apresentaram percentuais de adolescentes na escola muito abaixo da média regional (55% e 51% respectivamente). No Nordeste, Rio Grande do Norte (58,5%), Maranhão (61,6%) e Alagoas (62,1%) também estavam abaixo da média. No Sudeste, apenas o Espírito Santo teve índice inferior à média regional, e no Sul, apenas o Paraná.
e só 44% dos adolescentes no ensino médio
A taxa bruta de freqüência escolar para o grupo etário de 7 a 14 anos já há alguns anos mostra uma tendência de universalização, com 97% das crianças freqüentando a escola. Isso se deve em grande parte à obrigatoriedade legal da oferta do ensino fundamental na rede pública municipal.
Em contrapartida, nos níveis de ensino onde não há tal obrigatoriedade, existem diferenças significativas de acesso.
Por exemplo, do total de crianças de 0 a 3 anos no país, pouco mais de 13% freqüentavam creches. A freqüência escolar se mostrou mais significativa para a faixa de 4 a 6 anos de idade (70,5%), principalmente no Nordeste (75,7%), mas refletindo em grande medida a entrada precoce desse grupo na 1ª série do ensino fundamental, seja pela ausência de estabelecimentos pré-escolares, seja pela busca por parte dos municípios de maior participação no Fundef. A taxa de freqüência escolar para os adolescentes entre 15 e 17 anos foi de 82% em 2004.
Uma outra questão importante a se considerar para a faixa de 15 a 17 anos é a defasagem escolar. Apenas 44% dos adolescentes desse grupo etário freqüentavam o ensino médio (no qual deveriam estar) em 2004, percentual que caía para 22% nas áreas rurais.
A análise regional mostrou diferenciais ainda mais significativos nesse indicador, que foi de 28% em média no Norte e Nordeste contra 58% no Sudeste. Entre os estados, São Paulo apresentou a maior taxa para esse grupo etário (66,5%); no outro extremo ficou Alagoas, onde só 1/5 da população de 15 a 17 anos de idade freqüentava o ensino médio.
Solteiros, ainda há?
Em 2004, foram realizados 806.968 casamentos no Brasil, 7,7% a mais do que em 2003. Esse crescimento vem ocorrendo desde 2001 e resulta, em parte, de casamentos coletivos, frutos de parcerias entre as prefeituras, cartórios e igrejas, com o objetivo de legalizar as uniões consensuais.
Em 86,4% dos casamentos realizados em 2004, ambos os cônjuges eram solteiros, percentual ligeiramente inferior ao de 2003 (86,9%). Comparando com os dados de 1994, quando a proporção de casamentos entre solteiros era de 91,7%, observou-se uma redução da ordem de 5,8%. A análise dos resultados por estado civil dos cônjuges evidencia ainda o crescimento das uniões legais de solteiros com divorciados.
Em 2004, para o país como um todo, a média de idade na data do primeiro casamento foi, para homens, de 28,1 anos e, para as mulheres, 25,2 anos. Quando, o cálculo foi feito considerando todos os casamentos, a idade média entre as mulheres foi de 27,0 anos e entre os homens, 30,4 anos. Também foi observado, para o conjunto de separações judiciais, que a média de duração dos casamentos no país foi de 11,5 anos. O destaque foi para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com uniões legais mais duradouras, 13 e 12,7 anos respectivamente. Por outro lado, no Amazonas (8,8 anos) e no Acre (9,8 anos), os casamentos duravam menos.
Estatistica 6 anos atrás e hoje?
O Brasil ainda tinha, em 2004, uma proporção de 11,4% da população de 15 anos ou mais de idade que declarava não saber ler ou escrever um bilhete simples, uma taxa de analfabetismo similar à de países como Jordânia (10,1%), Peru (12,3%) e Bolívia (13,5%) e acima das de países em desenvolvimento como o México (9,7%), China (9,1%), Chile (4,3%), Argentina (2,8%) e Cuba (0,2%). A situação era pior ainda nas áreas rurais, onde 25,8% da população se declararam analfabetos, enquanto a proporção nas áreas urbanas era de 8,7%.
As mais elevadas taxas de analfabetismo foram encontradas no Nordeste, variando de 19,4% em Sergipe a 29,5% em Alagoas. Distrito Federal (4,2%), Santa Catarina (4,8%) e Rio de Janeiro (4,8%) foram os únicos estados com taxas inferiores a 5%.
Em relação aos analfabetos funcionais5, o quadro era mais preocupante: quase ¼ da população brasileira encontrava-se nessa condição. Nas regiões Norte e Nordeste, os percentuais alcançavam 29,1% e 37,6% respectivamente. Entre os estados, chamavam atenção as elevadas proporções de analfabetos funcionais em Alagoas (45,5%) e Piauí (42,4%).
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
RANKIN Universidades Brasileiras no Mundo
BRASIL TEM SEIS UNIVERSIDADES
NO RANKING DAS 500 MELHORES DO MUNDO
Qui, 12 Ago, 05h59
PARIS (AFP) - A classificação 2010 das 500 melhores nstituições de ensino superior do mundo, realizada pela Universidade de Comunicações de Xangai, coloca os estabelecimentos americanos na liderança, ocupando 17 dos 19 primeiros lugares.
O Brasil tem seis instituições na lista, todos abaixo das 100 melhores classificadas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A americana Harvard é o número um, e Berkeley cede o segundo lugar a Stanford. Apenas as britânicas Cambridge (5º) e Oxford (10º) estão entre as 10 melhores, ao lado das americanas.
Três estabelecimentos franceses estão na lista dos 100 primeiros: Pierre-et-Marie-Curie, no 39º lugar (uma situação melhor, em relação ao relatório de 2009); Paris-Sud Orsay está no 45º (dois rankings perdidos) e a École Normale Supérieure (ENS-Ulm), no 71º (recuo de um lugar).
Divulgada desde 2003, esta classificação mundial é tão esperada quanto criticada, notadamente na Europa - na França, em particular.
Os critérios são relacionados essencialmente à performance em matéria de pesquisa, em detrimento da formação: o número de prêmios Nobel recebidos, as medalhas Fields (o equivalente ao Nobel em matemática) e artigos publicados em revistas e periódicos unicamente anglo-saxãos. Os francófonos não são levados em conta.
A União Europeia pretende construir até 2011 sua própria classificação, que contará com uma verdadeira "cartografia" por disciplinas, concebida como ajuda aos estudantes para sua escolha.
O assunto pode ser consultado no site www.lesechos.fr/medias/2010/0812//020719898737_print.pdf