sábado, 28 de julho de 2012

Filme TinTin

 
 
Quando tinha idade para o ler, nunca foi o meu preferido.

Primeiro porque não estava à venda em qualquer quiosque, segundo sempre o achei demasiado elitista e por fim é francês!

As aventuras eram sempre muito complicadas e, quando lhe deitava a mão, não lhe rendia a admiração que (talvez) merecesse.

Agora, já um pouco mais aberta a novas experiências, gosto desta personagem! É engraçado e acima de tudo é diferente dos demais.

O filme... Aqui é que a coisa encalha! Gostei mas... As reticências sempre foram, e serão um mau presságio!

Tanta publicidade, uma equipa com nomes sonantes e ainda por cima em 3D, mas mesmo assim não me surpreendeu! O filme acabou e a primeira coisa que pensei foi: só isto?

Não posso afirmar que é um mau resultado. Mas chamar Snowy ao Milú e Thompson & Thompson aos irmãos Dupont não é coisa que se faça.

Aliás os irmãos Dupont & Dupont são das personagens mais engraçadas da banda desenhada original, e nesta adaptação épica/americanizada quase não entram na história.

Resumindo, na minha opinião que vale o que vale, este filme acaba por ser uma aventura do Indiana Jones adaptada à figura do Tintin e nada mais.

Quando era pequena não gostava dele por ser francês.

Agora não gostei dele, porque está demasiado americano.

Cada macaco no seu galho e cada personagem no seu ramo!
 
entre outras

Resenha: "As Aventuras de Tintin - O segredo do Licorne" (2012)

Diretor: Steven Spielberg
Produtor (O único que me interessa): Peter Jackson
Roterista (O único que me interessa também): Edgar Wright
Título Original: "The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn"
Gênero: Aventura, Animação, Mistério e Família
Duração: 107 minutos
Elenco: Jamie Bell (Billy Elliot), Andy Serkis (Trilogia do Senhor dos Anéis como Sméagol), Daniel Craig (007 - Cassino Royale), Nick Frost (Garota Mimada) e Simon Pegg (Missão Impossível - Protocolo Fantasma)
Sinopse: "Tintim é um jovem repórter que tem um histórico impressionante de aventuras. Certo dia, ao comprar a miniatura de uma embarcação, ele se vê perseguido pelo misterioso Sakharine, que parece determinado a possuir o objeto – e não demora muito até que o herói se veja preso no barco que antes pertencia ao alcóolatra Capitão Haddock, agora também prisioneiro. Sempre acompanhado pelo cãozinho Milu, Tintim se alia ao capitão numa jornada que os levará a diversos locais exóticos."

Talvez fosse a semelhança entre as enrascadas em que Tintin se mete com as aventuras do aqueólogo se envolvia com as aventuras de Indiana Jones. E, por isso, no momento que eu fiquei sabendo que Steven levaria Tintin para telas do cinema, sabia que o filme seria incrível. E não estava errada.
Tintin é um dos desenhos que marcou minha infância, apesar de na época em que eu começava a ver desenho era a época em que Tintin saia gradualmente do ar, mas os tempos de TV Cultura Shall not be forgotten... Por isso já estava quicando para ver esse filme, até que anunciaram que o Peter Jackson iria participar também... Aí, a mina pira gente!
Antes de fazer qualquer comentário quero situar vocês na história: Tintim é um repórter (Algo que só sabemos porque alguém fala, já que ele não pisa no jornal em momento algum. Além do fato dele parece um adolescente, mas todos o tratam como se fosse um adulto. Enfim...) que, um dia, ao passar em uma feira de antiguidades, compra uma miniatura de um navio, o Licorne. Logo depois disso, surgem pessoas dispostas a comprar o modelo à qualquer preço. Intrigado pelo grande interesse dos estranhos na sua aquisição, Tintin resolve fazer uma pequena investigação com seu inseparável cão Milu (Eu adoro o Milu, tanto pelo fato de ele ser muuuito fofinho quanto por ele ser mais esperto do que a maioria dos outros personagens.). Logo essa imprudente curiosidade faz com ele se torne inimigo do perigoso Sakharin. Depois de diversas situações que vocês terão de ver para descobrir quais são, Tintin acaba se juntando ao nosso velho conhecido, Capitão Haddock. Juntos, os três tem de atravesar as fronteiras da Europa à África para montar um quebra cabeças que pode levar à uma fortuna perdida.
Uma coisa que eu notei nesse filme é que as personagens usam muito armas de fogo. Não sei se isso era algo que os produtores adicionaram para deixar o filme mais verossímil (Influência clara e direta do Spielberg), ou era eu que quando era pequena não notava que os personagens usam bazucas como se fossem carteiras. (LOL. Para quem já viu o filme, perdoem meu trocadilho deplorável....)
O filme foi rodado com a captura de performance. Confesso que não sou muito fã dessa tecnologia em desenhos animados, pois tem uma função de deixar um desenho tão real como se fosse um filme, mas, então, por que ter todo esse trabalho e custo extra ao invés de se fazer um filme normal? (Ps: Apesar do que eu acabei de dizer, fico muito feliz por não ter de ver uma imitação deplorável nas telas como as da imagem aqui à baixo.)
Mas, sem deixar meu olhar tradicionalista me cegar, o efeito fica bem interessante. Tintim parece humano como um filme deve ser, mas ao mesmo tempo ele também parece com o personagem desenhado em suas histórias. Envoltos por sombras vivas, linhas de expressão definifas e texturas realistas de pele e cabelos, tornam a experência visual em algo que nunca havia sido visto antes. Isso só é possível graças ao excelente trabalho da WETA digital de Peter Jackso (LINDO!) combinada com a criatividade sem igual de Spielberg para filmar cenas de ação de tirar o fôlego combinada as sequências espetaculares, principalmente, as lindas transiçõesnas quais o oceano pode virar uma possa d'água ou um aperto de mão se transforma nas dunas do Sahara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário