quarta-feira, 14 de agosto de 2013

FILOSOFANDO LBERDADE




 Liberdade. Soren Aabye Kierkegaard é considerado o pai do existencialismo. Ele lançou as bases do movimento existencialista, embora o termo "existencialismo" não estivesse então em uso. Em "O Conceito de Angústia" (1844). Fala do pecado enquanto supõe o livre-arbítrio (a angústia de que trata é a da livre escolha entre as possibilidades, que se tornou à idéia básica do futuro movimento.
Se a verdade é subjetiva, decorre daí uma liberdade ilimitada. Kierkegaard não só rejeitou o determinismo lógico de Hegel (tudo está logicamente predeterminado para acontecer) como também sustentou a importância suprema do indivíduo e das suas escolhas lógicas ou ilógicas. Qualquer forma de absoluto (E aí está um ataque a Hegel) que não seja a liberdade, será necessariamente restritiva da liberdade. Qualquer forma de absoluto que não seja a liberdade, contraria a liberdade. Para Kierkegaard é mesmo impossível que a liberdade possa ser provada filosoficamente, porque qualquer prova implicaria uma necessidade lógica, o que é o oposto de liberdade.
O pensamento fundamental de Kierkegaard, e que veio a se constituir em linha mestra do Existencialismo, é a falta de um projeto básico para a existência do homem, venha de onde vier. Qualquer projeto para o homem representaria uma limitação à sua liberdade, e afirma que esta liberdade é, portanto, incompatível com a malha lógica em que, segundo Hegel, caem todos os fatos e também as ações humanas e, mais ainda, que a liberdade gera no homem profunda insegurança, medo e angústia. Não existe uma essência definidora do homem; nenhum projeto básico. Esse pensamento de Kierkegaard foi mais tarde traduzido por Sartre na frase "no homem, a existência precede a essência".
Sua crença na necessidade de que cada indivíduo faça uma escolha consciente e responsável tornou-se outro pilar do movimento existencialista. O individualismo existencialista é sua ênfase principal. Com efeito, dos temas do existencialismo contemporâneo, a maior parte já está nos escritos de Kierkegaard.

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